"Temos juros civilizados e inflação controlada", diz Dilma

A uma plateia de empresários, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (6) que o país tem juros em nível civilizado e que a inflação está sob controle.

A alta de preços da economia tem despertado a atenção dos setores econômicos depois que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado em doze meses chegou a 6,59% ultrapassando o teto da meta (6,50%) fixada pelo governo. A taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente está em 7,5% ao ano, após alta de 0,25 ponto percentual em abril.

A presidenta afirmou que o governo federal tem dado o mesmo tratamento tanto à redução de impostos quanto aos investimentos em infraestrutura no país. Dilma participa nesta segunda-feira (6) da posse dos novos diretores e conselheiros da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, na capital paulista.

"Nós tivemos de tomar algumas medidas pontuais, mas também estamos em busca das medidas estruturantes, como a redução dos encargos nas folhas de pagamentos. Estamos vendo um mundo passar por uma grave crise, ao contrário de nós, que ampliamos investimentos e mercado", disse.

"O mundo pratica uma política de austeridade que tem como efeito corte significativo de salários. Do nosso lado, não estamos pensando em reduzir emprego, mas temos obrigação de reduzir o custo do trabalho através da redução dos impostos na folha de pagamento e de política acelerada de formação e qualificação profissional”, declarou.

A presidenta defendeu ainda trazer do exterior engenheiros e técnicos para trabalhar no Brasil.

No evento, a presidente anunciou a redução dos juros do crédito para microempresários de 8% para 5% ao ano. Faz parte do Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado (Crescer), lançado pelo governo.

Dilma afirmou também que o governo tem a decisão sistemática de cortar impostos e que o Brasil se beneficia da mais baixa taxa de juros de sua história.

Procurou passar confiança aos empresários ao afirmar que “nós não quebramos quando a crise estoura lá fora”, referindo-se às turbulências internacionais.

Fonte: Valor Econômico