Marcelo Tavares quer participação efetiva da oposição em CPI

 O deputado Raimundo Cutrim (PSD) fechou a semana com 11 assinaturas de apoio ao Requerimento que pede a instalação da CPI da Agiotagem na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão. Segundo sua assessoria, na próxima segunda-feira (6) deve chegar a 13, com as assinaturas dos deputados Marcelo Tavares (PSB) e Othelino Neto (MD). Mas o ex-líder da oposição informa que só assina se a presidência ou a relatoria da CPI for dividida entre Governo e Oposição.

“Assino a CPI se o relator ou a presidência ficar com alguém da Oposição, por uma razão muito simples. Todas as outras CPIs dessa legislatura, a de Castelo e da Mulher, o governo assumiu para não funcionar. Não vou legitimar um processo que não nasce correto.” Afirma Marcelo que frisa que disse a Raimundo Cutrim desde o primeiro dia da coleta de assinaturas, que se fosse para fazer uma encenação não toparia participar da CPI.

Marcelo destaca que a CPI tem que ser isenta e com responsabilidade dividida: “O governo fica com a presidência e a gente com a relatoria ou vice-versa”, destaca Marcelo que ainda acrescenta que a Oposição representa a maioria das 11 assinaturas do Requerimento e deve participar de forma efetiva da Comissão para garantir uma apuração isenta. Marcelo cobrou que os demais parlamentares da Oposição deveriam ter adotado sua mesma postura, de só assinar mediante garantias de que a apuração da CPI seria efetiva.

Para o socialista, o propositor da abertura de CPI pode garantir isso, desde que se indique e se coloque na Comissão para votar em alguém da Oposição. Neste caso, na segunda-feira a CPI alcançaria treze assinaturas contando com as assinaturas de Marcelo e Othelino Neto. Dessa forma, faltaria apenas um nome, que pode vir ainda da Oposição, dependendo do posicionamento de Cutrim, em relação ao que pontua Marcelo Tavares.

Muitos deputados ainda aguardam o andamento das discussões para posicionarem-se. “Ainda estou analisando a questão. Concordo com o presidente (Arnaldo Melo) que os deputados não possuem formação para investigação. Mas também concordo com Marcelo Tavares de que se a Comissão for instalada tem que haver um consenso entre Governo e Oposição.” A deputada Valéria Macedo (PDT) destaca ainda que para instalar uma CPI é necessário respaldo e ver quem está a frente: “Não adianta ter CPI e não chegar a lugar nenhum.