Fórum colombiano avalia propostas para participação política

Mais de 200 representantes de 18 setores políticos e sociais encerram nesta terça-feira (30) em Bogotá, capital da Colômbia, um foro sobre participação política no país, e as propostas serão enviadas ao governo e às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), que mantêm um processo de paz ativo desde novembro passado.

Foro Participación Política - Prensa Latina

O encontro, organizado a pedido da mesa de conversações entre ambas as partes, abriu um espaço ao debate amplo e plural desde a sociedade civil, no que se defendeu a necessidade de estabelecer direitos e garantias para o exercício da oposição, sobretudo para os novos movimentos que surjam a partir de um acordo de paz.

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Uma reforma do sistema eleitoral, garantias sociais e institucionais para os combatentes desmobilizados, um estatuto da oposição e uma Assembleia Nacional Constituinte foram algumas das reivindicações urgentes feitas pelos que assistiram ao foro, que conta com convidados das Filipinas, do Uruguai, de El Salvador e da África do Sul.
 

Os delegados trabalharam a portas fechadas, na véspera, em 20 mesas de base, para apresentar nesta terça as propostas que chegar a Havana, capital de Cuba, sede permanente dos diálogos de paz, no próximo 20 de maio.

Nesta jornada final são esperadas mensagens de personalidades internacionais e a intervenção do colombiano Leonardo Gómez Serna, Prêmio Nacional da Paz em 2010.

Na véspera, em uma coletiva de imprensa, na direção do Centro de Pensamento e Seguimento do Processo de Paz da Universidade Nacional que, junto às Nações Unidas na Colômbia, organiza o foro, o professor Alejo Vargas afirmou que muitas vozes coincidiram na necessidade de abrir espaço político à guerrilha, depois de um possível acordo de paz.

No encontro participam sindicatos, jovens, campesinos, indígenas, afrodescendentes, defensores de direitos humanos, a igreja e porta-vozes dos 12 partidos políticos do país.

Com Prensa Latina