China cria plataforma de informação para resgate de desastres

Neste contexto, a garantia do uso racional das verbas e a melhoria da eficiência dos trabalhos de socorro tornaram-se questões de destaque enfrentadas pelas entidades não-governamentais.

Para resolver o problema, foi lançada no domingo (28) uma nova plataforma de informação para dar resposta às calamidades naturais. A Cruz Vermelha da China, que faz parte indispensável dos trabalhos de resgate, prometeu aperfeiçoar ainda mais a reforma institucional e os mecanismos de responsabilidade da instituição.

Esta plataforma, promovida pela Cruz Vermelha da China e a Universidade Normal de Pequim, conta com a participação de mais de 60 organizações sociais do país. Zhang Xiulan, uma das promotoras da iniciativa, elogiou a importância da plataforma. Ela disse:

"Existe um problema na China que consiste no fato de as organizações sociais estarem operando de forma independente, existindo poucos contatos entre os diversos atores. A falta de comunicação entre as entidades pode influenciar a eficiência dos trabalhos de resgate. É, assim, necessária a criação de uma plataforma para recolher informações e promover a cooperação mútua entre as organizações. Isso faz muito sentido neste momento de socorro."

Prevê-se que a nova plataforma irá desempenhar um papel importante na partilha de informações em relação aos resgates e receber pedidos apresentados pelas pessoas atingidas por calamidades, acrescentou Zhang Xiulan.

"Através da plataforma, criamos um mecanismo de responsabilidade. Isso quer dizer que será designado um responsável em todas as áreas residenciais. Ele trabalha recebendo as sugestões e demandas dos moradores e transmitindo as informações à plataforma. Isso é muito importante para conhecermos a situação das regiões afetadas pelos desastres naturais."

Estatísticas revelam que os fundos e materiais de assistência doados pelas organizações sociais da China para o trabalho de resgate em Sichuan já chegaram a 1,3 bilhão de iuanes. À Cruz Vermelha da China chegaram apenas 500 milhões de iuanes. Segundo a vice-presidente permanente da organização, Zhao Baige, a Cruz Vermelha precisa se esforçar mais para resolver as questões de corrupção e ineficácia do trabalho. Esta é a única maneira para restabelecer a credibilidade da entidade.

Zhao Baige prometeu que a Cruz Vermelha divulgará o destino dado a todos os fundos doados para os trabalhos de resgate e reconstrução das regiões afetadas pelo sismo. Ela também revelou que a entidade precisa de mais de 3 anos para concluir uma reforma institucional.

Fonte: Rádio Internacional da China