Protógenes preside frente parlamentar de combate ao crack

A Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, instalada nessa quarta-feira (17), vai complementar as ações dos governos federal, estaduais e municipais nas ações de enfrentamento a essa droga. O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), que vai presidir o colegiado, lembrou que “o Brasil ocupa a 88º posição em educação, o 72º em tecnologia, o 22º lugar nos jogos olímpicos de 2012, mas ocupamos o 1º lugar no consumo do crack”.

Protógenes preside frente parlamentar de combate ao crack - Richard Silva

E destacou, junto com o depoimento dos convidados, a importância para o povo brasileiro do início da Frente, pois ela ajudará no Plano Nacional de Combate ao Crack e irá propor melhorias para as ações que já são implementadas pelo Governo Federal.

Várias autoridades compareceram ao evento, como Roberto Tykanore, representante do Ministério da Saúde; Sheikh Jihad Hassan, presidente do Conselho da União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI) e a Senadora Vanessa Grazziodin (PCdoB -AM).

O rapper GOG, também presente ao evento, parabenizou a iniciativa da Frente. “A Frente é uma parceira e um veículo propulsor da transformação social que a gente quer para o Brasil”. O rapper lembra que hoje o crack não é mais um problema isolado, que "pega só preto e pobre".

"O combate ao crack só se tornou questão de saúde pública quando a droga chegou a todos os lugares. A cracolândia em São Paulo era vista como um mundo distante, um outro país. Só preto e pobre era viciado. O hip hop já cantava em 1994 'diga não ao crack'. Mas o preconceito institucional não ouviu", afirmou o brasiliense Genival Oliveira Gonçalves, conhecido como GOG.

A droga é derivada da cocaína e consumida, principalmente, pela população de rua por causa de seu baixo preço. Uma pedra custa, em média, R$5. Quando inalado, o crack proporciona um estado de euforia, que dura cerca de 20 minutos. Depois da euforia, vem o desânimo. É quando o usuário sente necessidade de inalar novamente. No Brasil, são mais de 600 mil viciados, de acordo com o Ministério da Saúde.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Protógenes Queiroz