Renan elogia avanços garantidos pelo Estatuto da Juventude

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou em discurso nesta segunda-feira (15) a provável aprovação, nesta semana, do Estatuto da Juventude, que estabelece uma série de direitos para pessoas de 15 a 29 anos. A votação está prevista para esta terça-feira (16).

 “Será a primeira legislação, em nível constitucional, a tratar da juventude como política de estado. Como nos ensinou Roosevelt: ‘Nem sempre podemos construir o futuro para nossa juventude, mas podemos construir nossa juventude para o futuro’” , citou.

O senador afirmou que o estatuto é uma bandeira histórica dos movimentos juvenis. Entre os direitos garantidos pelo texto, Renan mencionou a meia-entrada em eventos artísticos, culturais, de lazer ou entretenimento, para estudantes e jovens de baixa renda.

“A meia-entrada permitirá que muitos jovens de família com menor poder aquisitivo consigam ingressar em teatro, cinema e tantos outros espetáculos de natureza cultural. Essa possibilidade de acesso mais barato aos eventos é de suma importância para o futuro dos jovens”, disse.

Para Renan, o contato com produções artístico-culturais influencia positivamente na formação da personalidade dos indivíduos, principalmente durante a juventude. O senador disse que, com acesso mais facilitado a espetáculos e demais eventos culturais, os jovens brasileiros conseguirão ser mais ativos “na construção de um Brasil mais soberano e mais desenvolvido”.

Na opinião do presidente do Senado, a participação dos jovens na vida do país é importante para o amadurecimento da consciência e da cidadania. “A alma da juventude é intrinsecamente revolucionária. É preciso que assim seja sempre. Se tivermos jovens irrequietos, libertários e mudancistas não teremos, sem dúvida nenhuma, adultos reacionários. Triste da nação cujos jovens envelhecem precocemente”, observou.

Renan também lembrou ter iniciado sua atividade política na juventude, na década de 1970, quando foi eleito presidente de diretório acadêmico da área de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“Falo isso com a experiência de quem, no movimento estudantil, esteve nas ruas, brigando para implementar essa revolução que hoje chamamos democracia. O custo, como todos sabem, foi muito alto, e hoje, na maturidade democrática, não devemos ser complacentes com qualquer gesto ou intenção que tenda a abolir direitos e liberdades, principalmente a liberdade de expressão, o direito à diferença, à divergência”, pontuou.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou Renan por colocar o estatuto em votação, a exemplo de outras matérias importantes, como a PEC das Domésticas e as regras do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado