Ubes repudia ação truculenta contra os estudantes de Manaus

A ação truculenta da guarda municipal manauense é destaque nos jornais de todo país, símbolo máximo de um governo que fecha as portas para a democracia, respondendo com gás de efeito moral e balas de borracha aos estudantes que tentavam diálogo com o prefeito, Artur Neto.

Infelizmente, a cena não é novidade no Brasil. A agressão física, moral e antidemocrática assombra a nossa história desde a ditadura militar, transparecendo mais uma vez contra a juventude na última quinta-feira (11), em frente à Prefeitura de Manaus.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) vem a público manifestar seu repúdio ao comportamento intolerante do prefeito diante da tentativa de diálogo dos estudantes que foram às portas da casa do povo contestar o aumento da passagem e a meia passagem na catraca. Estamos falando de estudantes secundaristas – de onze, quinze anos, que foram falar com o prefeito de sua cidade sobre os postos de carga do passe de ônibus pouco acessíveis e do alto custo da passagem. Em uma ação de direito legítimo, a tentativa era de alguma maneira, mostrar quais são as reais necessidades da população.

Diferente do que temos conquistado em todo o Brasil, os estudantes não foram recebidos pelo prefeito, mas pela tropa da guarda municipal. Mesmo diante de um Brasil mais democrático que estamos conquistando, será que a Prefeitura de Manaus continuará fechando as portas para o povo? A violência será o único canal entre a juventude e seu governo?

A UBES, que ocupa seu lugar ao lado dos secundaristas na Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira em 2013, relembra que em diversos estados os estudantes tem conquistado grandes vitórias: em São Paulo, uma comissão de juventude foi recebida pelo Secretário de Educação, assim como na prefeitura, conquistando até cadeira no conselho da cidade. A própria Presidenta Dilma Rousseff recebeu a demanda dos estudantes na primeira semana de abril, em Brasília.

Manaus está entre as capitais do país que realizou a maior jornada de 2013, com quase 5 mil nas ruas, o que reafirma a existência de uma juventude aberta para o diálogo. Em nome da juventude manauense que tem em seu histórico de luta as passeatas pacíficas, os protestos nas praças que reúnen até mesmo trabalhadores e pais de família junto à estudantada, a UBES manifesta seu pedido por uma real abertura democrática na cidade e repúdio contra toda e qualquer forma de violência para os estudantes, o futuro do Brasil.

Fonte: Portal da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas