Batista assume a presidência do Comitê Estadual do PCdoB do Rio

O camarada José Batista Lemos assumiu o cargo, após o licenciamento de Ana Rocha. Ela destacou em seu discurso que “o Rio de Janeiro sempre foi palco de lutas que repercutiram nacionalmente, até pela marca de ter sido capital do Brasil, tem um espirito aberto a todo o Brasil, de acolhimento de lideranças. É uma caixa de ressonância de lutas democráticas e desenvolvimentistas”.

Ana Rocha e Batista

Ana Rocha esteve à frente do PCdoB por 18 anos e contribuiu para que o Partido tivesse uma trajetória de flexibilidade politica, um leque vasto de alianças e nesse percurso registra-se uma evolução na sua estruturação, avanço na interiorização, no fortalecimento da atuação da juventude, no movimento sindical, de mulheres e negros.

Nesse período, sob a presidência de Ana Rocha, o Partido passou a ter uma atuação politica mais intensa não só na capital, com lançamento de candidaturas majoritárias e ao senado, como na região metropolitana e baixada fluminense e demais regiões do estado. O partido tem atuação em 85 dos 92 municípios do estado. Acaba de eleger três prefeitos (em Belford Roxo, Barra Mansa e Rio das Flores) e 26 vereadores.

A discussão apontou os desafios que surgem para o nosso partido no próximo período. E Ana Rocha realçou que para “corresponder aos novos desafios exige um sistema de direção que permita corresponder as exigências do contexto politico atual. Para efetivar isto, os quadros são fundamentais”. Ela destacou dois elementos importantes para o partido comunista na atual quadra politica: a inteligência coletiva: “que permite a liberdade de opinião individual, respeito ao centro único de direção e as decisões estabelecidas pelo coletivo. Garantir a unidade partidária é um desafio permanente”. Além disso, segundo Ana, “o caráter do partido: não perder o conteúdo revolucionário. Convicção na nova sociedade socialista que suplante o capitalismo, o caráter internacionalista, são questões chave que marcam o PCdoB”.

Ana Rocha explicitou que na compreensão dela o cargo de presidente “não pode ser vitalício”.
Desde a Conferencia de 2011, com a eleição do Batista como vice-presidente estadual do partido estava em curso a transição. Com a grata surpresa de assumir o comando da secretaria especial de politica publicas para as mulheres no Rio de Janeiro, a licença teve que ser apressada face a magnitude das duas funções.

O Batista, enfatizou Ana Rocha: “é um quadro de trajetória no PCdoB, vem do secretariado nacional, traz a marca da luta dos trabalhadores”. Batista é membro da Comissão Politica Nacional do PCdoB. Também é integrante da Executiva Nacional da CTB e vice-presidente da FSM, Federação Sindical Mundial.

Para Ana Rocha, “Batista tem compromisso com a causa revolucionária, dedicação ao fortalecimento da unidade partidária, respeito ao coletivo partidário, capacidade de protagonismo, dedicação à teoria marxista-leninista e expressão publica” reunindo todas as condições para assumir a presidência estadual do PCdoB no Rio de Janeiro.

Ana falou que “o Batista terá a responsabilidade de liderar o partido na segunda unidade da federação num momento tão especial de acompanhar a gestão de 3 prefeituras, 26 vereadores e 2 deputados (no caso, deputadas); construir e comandar o projeto eleitoral 2014; coordenar a realização, debate e mobilização do processo do 13º Congresso do PCdoB no estado; aprofundar a estruturação do partido e fortalecer a atuação nas frentes dos movimentos sociais”.

De fato, após um rico debate, o Comitê Estadual por unanimidade aprovou o Batista como novo presidente e, num clima de unidade e alegria diante do futuro, bradou: “1, 2, 3, 4, 5, mil, e Viva o Partido Comunista do Brasil!”