Inácio estranha ausência do Dnocs na visita de Dilma ao Ceará 

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) elogiou a visita e as medidas adotadas pela presidenta Dilma Rousseff, que esteve em Fortaleza (CE), nesta terça-feira (2), quando anunciou medidas de combate à seca. Ele considerou “muito positivo o resultado da visita”, mas estranhou a ausência do representante do Departamento Nacional de Obras e Combate à Seca (Dnocs) no evento.

O parlamentar destacou que “muitas medidas foram anunciadas pela presidenta para tratar da questão da estiagem prolongada do Nordeste brasileiro”. Ele explicou que a estiagem não é um fenômeno que causa impacto só instantâneo.

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“Os estragos ficam. Você perde um rebanho de gado, de caprinos, de ovinos; ou a avicultura, pela ausência de alimentação para os animais. É um prejuízo que pode ficar para toda a vida em uma família nordestina”, afirmou.

Inácio destacou a importância da ida do presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL), acompanhando uma comitiva de senadores, o que demonstra a preocupação do Senado com a solução do problema.

Segundo o senador cearense, na visita, a presidente Dilma procurou conhecer a situação da região, dialogando com os governadores para ver se tem alguma medida que esteja faltando, pedindo sugestão sobre o que deve ser feito, buscando a solução para o problema.

Para ele, faltou a presença do Dnocs nesse diálogo, lembrando que o Departamento Nacional é “o principal órgão responsável pelo tratamento da estiagem prolongada no Nordeste brasileiro. É absolutamente estranha essa ausência”.

Situação do milho

O parlamentar cearense informou que presidiu, nesta quarta-feira (3), audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) com os produtores de milho. A falta do milho para alimentar o rebanho é um dos principais problemas enfrentados na região Nordeste.

Segundo ele, os produtores garantiram que tem milho sobrando, mas que não tem como chegar ao Nordeste, informando que há problema de transporte e armazenagem para o milho brasileiro no Nordeste. E sugeriram como solução viável o transporte fluvial do milho produzido na Argentina e no Paraguai.

Os produtores brasileiros concluíram que é certo o governo federal buscar o milho onde for mais fácil levá-lo para o Nordeste. “É na Argentina. É no Paraguai? Vamos buscar, porque há a possibilidade de trazê-lo de navio daquela região que é do Mercosul, uma região irmanada”, explicou o senador, acatando a sugestão dos produtores.

Da Redação em Brasília