China: Aumenta número de casos de infecção com gripe aviária H7N9

A província de Zhejiang, no Leste da China, anunciou ne quarta-feira (3) que confirmou dois casos de infecção com gripe aviária H7N9. Sobe, assim, para 9 o número dos casos de contaminação por esta doença no país. Três vítimas morreram, entretanto.

A Comissão de Saúde e Planejamento Familiar divulgou na terça o plano de trabalho para a prevenção e o controle da epidemia, e apelou aos departamentos de saúde de diferentes escalões para manter a transparência na divulgação do desenrolar da situação.

Ambos os dois chineses afectados em Zhenjiang são homens. Um cozinheiro, de 38 anos e o outro aposentado, de 67 anos. O cozinheiro morreu no dia 27 do mês passado. Segundo as autoridades de saúde locais, os dois casos não estão relacionados.

Quanto aos rumores que circulam na Internet, indicando que Pequim já tem mais de cem casos de contaminação pelo vírus H7N9, Feng Zijian, diretor do Gabinete da Resposta de Emergência do Centro de Controle de Doenças da capital, respondeu: "Não é verdade. São apenas rumores. Não há relatórios a respeito no nosso sistema de supervisão."

Feng explicou que o seu órgão reforçou a supervisão sobre casos de infecção por pneumonia. Além disso, já foram entregues aos centros de controle de doenças dos municípios os exemplares do novo vírus, para que os hospitais locais possam fazer diagnósticos mais precisos.

A pesquisa da vacina também já está em andamento. Segundo o funcionário chinês, a pesquisa da vacina contra o vírus H1N1 levou oito meses. O nascimento da vacina contra o H7N9 pode demorar ainda mais tempo.

Feng Zijian disse ainda que até o momento, não há evidências de que o vírus possa ser transmitido entre pessoas.

"Partindo das informações limitadas dos nove casos de infecção, não há evidências de que o vírus possa passar de pessoa para pessoa. Quem teve contato íntimo com os infectados está sob monitoramento. Até o momento, não há ninguém que apresente sintomas suspeitos."

As autoridades de saúde pediram ontem que os departamentos locais competentes comuniquem diariamente as informações sobre casos de contaminação da epidemia. O doutor Gao Zhancheng, do Hospital do Povo da China, alertou para a necessidade de prevenir a infecção cruzada dentro de hospitais.

"É melhor que os doentes não se concentrem em hospitais grandes para fazer consultas ou tratamentos. Os médicos e enfermeiros constituem o grupo com maior risco de serem infectados. A proteção desse contingente de pessoas é importante."

Fonte: Rádio Internacional da China