Egito: Mursi diz que tomará "medidas drásticas" contra violência 

O presidente egípcio Mohamed Mursi advertiu que adotará medidas drásticas contra quem alimentar a violência no país, em uma publicação em sua conta de Twitter, nesta segunda-feira (25). A advertência foi feita durante o encontro da Iniciativa para os Direitos e as Liberdades da Mulher Egípcia, horas depois de violentos distúrbios em frente à sede da Irmandade Muçulmana. 

Os confrontos ocorreram no distrito Moqaddam, no Cairo; três pessoas morreram e 210 ficaram feridas, segundo fontes oficiais.

No curso dos protestos um escritório do Partido Liberdade e Justiça, o braço eleitoral da Irmandade, na cidade setentrional Alexandria.

“Se as investigações demonstrarem que há políticos culpados pela incitação à violência, eles serão castigados, qualquer que seja o seu status”, disse o presidente, em alusão direcionada aos seus opositores agrupados na Frente de Salvação Nacional, com quem mantém uma pugna sem indícios de solução a curto prazo.

“Todos serão tratados da mesma forma, opositores e partidários do governo”, disse o mandatário a respeito dos violentos choques nos arredores da sede da agrupação islamita da qual vem Mursi.

O mandatário anunciou o estudo de “qualquer medida requerida para proteger o país”, que podem ser adotadas em breve, segundo ele próprio, que não deu mais detalhes.

“As tentativas de mostrar que o Estado é débil fracassaram. O aparato do Estado recupera-se e está em condições de enfrentar os violadores da lei”, sublinhou.

Da sua parte, o promotor geral Talaat Abdullah ordenou a investigação de denúncias de advogados da Irmandade contra 14 pessoas e partidos opositores acusados de incitar a violência contra o grupo islamita.

Há alguns dias o mandatário pediu às Forças Armadas a manutenção da ordem na cidade de Port Said, depois dos distúrbios pela condenação, com pena capital, de 21 dos 73 processados no julgamento pela morte de 74 fãs da equipe futebolística Al Ahly, do Cairo, no princípio do ano passado.

Porta-vozes das Forças Armadas asseguraram que se mantêm equidistantes das forças políticas em pugna e que seu dever prioritário é a proteção das vidas e afazeres dos cidadãos.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho