Demóstenes poderá voltar ao cargo de procurador em abril

Demóstenes poderá voltar ao cargo de procurador em abril. O Conselho Nacional do Ministério Público não analisou novo pedido de afastamento e o ex-senador poderá reassumir a função a partir do dia 30 deste mês.

O ex-senador Demóstenes Torres poderá retornar ao cargo de procurador de Justiça em Goiás a partir do mês que vem, depois que o plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deixou de analisar um novo pedido de afastamento.

Os membros do Conselho se reuniram na manhã desta quarta-feira (13) para julgar o processo administrativo disciplinar contra Demóstenes e rejeitaram todos os recursos apresentados pelo ex-senador. No entanto, como não mencionaram um novo afastamento do cargo de procurador de Justiça, ele deve voltar à função já no mês que vem.

Isso se deve ao fato de que o CNMP só volta a se reunir em meados de abril, dando a Demóstenes o tempo necessário para que volte ao cargo. O seu novo afastamento só poderá ser decidido depois que for sorteado um novo relator para o caso.

Demóstenes perdeu seu mandato por supostamente ter usado seu cargo como senador a serviço do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A partir daí, voltou a atuar como procurador de Justiça. Porém, um processo administrativo disciplinar foi aberto e ele foi afastado do cargo por 60 dias. Mais tarde, o prazo foi prorrogado por mais 60, finalizando no dia 30 deste mês.

O senador cassado apresentou diversos embargos numa tentativa de adiar seu julgamento. Os últimos, apresentados nesta manhã pedindo esclarecimento sobre a análise do recurso anterior, não foram apreciados pelos membros do CNMP, que decidiu que ele não tem mais direito de apresentar estes recursos. De acordo com o corregedor nacional do Ministério Público, Jeferson Coelho, "observa-se que não há previsão regimental no CNMP para permitir sucessivos recursos às suas decisões, além de não ter sido demonstrado pelo ex-senador qualquer omissão ou obscuridade".

Coelho é o responsável pelo processo disciplinar e cogitou pedir um terceiro afastamento de Demóstenes enquanto as investigações não são finalizadas, porém preferiu deixar essa discussão para depois que a sindicância for concluída.

Fonte: Jornal Opção