Carrion conhece luta de familiar da tragédia na Argentina

O líder do PCdoB e membro da Comissão Especial de Revisão e Atualização de Leis contra Incêndio esteve em Buenos Aires (Argentina) na sexta-feira e conversou com o presidente da Associação de Familiares das vítimas da tragédia na boate Cromañón, José Iglesias.

comissao st maria - marcelo bertani/al

Ocorrido em 2005, o incêndio na casa noturna argentina causou a morte de 194 jovens e guarda semelhanças com a tragédia ocorrida em janeiro na cidade de Santa Maria. O parlamentar relatou o encontrou durante a reunião ordinária da Comissão, nesta segunda-feira (11).

Iglesias preside a organização “Que No Se Repita”, que reúne familiares de vítimas. Durante o encontro, ele relatou ao deputado comunista que a Câmara de Cassação, máxima instância penal argentina, condenou, em outubro de 2012, a penas de até sete anos de prisão os seis membros do grupo de rock argentino Callejeros pelo incêndio. Os seis músicos foram acusados pelos delitos "de incêndio culposo seguido de morte e uso incentivado de pirotecnia", assim como o administrador do local do show, Omar Chabán, que recebeu dez anos e 9 meses de condenação à prisão.

Durante a reunião, Carrion relatou que a atuação da entidade foi decisiva na apuração dos fatos, na punição dos responsáveis e também na mudança da legislação do país vizinho.

Até mesmo o intendente (prefeito) recebeu punião, com impedimento político, por conta da tragédia, afirmou Ibarra. “Também é da opinião de Ibarra de que mais do que leis, o que falta é fiscalização e exigir para o funcionamento dessas casas de espetáculo o cumprimento das normas legais”, disse Carrion.

A associação pode ser conhecida no sítio: www.quenoserepita.com.ar

Cromañon
A tragédia aconteceu na noite de 30 de dezembro de 2005 quando alguns espectadores usaram fogos de artifício no recinto fechado, o que iniciou o incêndio que, além dos 194 mortos, deixou mais de mil pessoas feridas.

De Porto Alegre,
Isabela Soares