Tunísia: Primeiro ministro deve anunciar novo governo 

Um novo governo de coalizão na Tunísia será anunciado, disse o primeiro ministro designado, Ali Larayedh, depois da realização de um acordo em negociações de último minuto que tinham como objetivo a finalização da crise política no país. 

Primeiro Ministro Ali Larayedh anunciará novo governo - Al-Manar

Larayedh disse que o acordo para formar um novo governo teria um “toque final” antes de ser apresentado ao presidente nesta sexta-feira (8), de acordo com informações da AFP.

O primeiro ministro, que era antes o ministro do Interior, disse que as partes na negociação haviam chego a um acordo para o programa do novo governo, que guiaria as suas prioridades, políticas e compromissos, de acordo com a administração do o presidente Moncef Marzouki
O gabinete do presidente havia dito mais cedo que a configuração do novo gabinete seria anunciada ainda na quinta-feira (7), mas nenhuma razão para o atraso foi dada.

Larayedh foi nomeado em 22 de fevereiro para liderar um novo governo, com um prazo de duas semanas para apresentar o seu time e o seu programa para Marzouki. O prazo termina à meia noite desta sexta-feira.

As esperanças de que Larayedh e seu partido islamista no governo, Ennahda, forme uma coalizão ampla pareceram comprometidas depois que três partidos políticos, que tinham sido convidados, anunciaram que se retiravam das negociações.

Consequentemente, apenas o Ennahda e seus aliados seculares do governo anterior (o partido de Marzouki Congresso pela República e o Ettakatol) realmente tomaram parte nas negociações sobre a composição do novo gabinete e sobre um programa de governo.

Concessões chave

O Ennahda de Larayedh também fez concessões chave ao aceitar que ministérios importantes, como o Interior e o da Justiça, sejam garantidos a candidatos independentes.

A Tunísia tem estado em uma crise política desde o assassinato, em fevereiro, do político de esquerda e da oposição, Chokri Belaid, um crítico declarado do governo liderado pelos islamistas.

O assassinato de Belaid levou à demissão do primeiro-ministro Hamadi Jebali, depois de ele ter falhado em forjar um governo não-partidário de tecnocratas quando o Ennahda recusou-se a apoiar seus esforços.

Se um gabinete não for nomeado até a noite desta sexta, Marzouki terá de escolher outro político para formar um governo.

Depois que o president rever o plano, a configuração do governo terá de ser aprovada pela Assembleia Constituinte Nacional dentro de três dias. Ainda, a violência e ataques, que foram atribuídos ao movimento muçulmano ultra-conservador salafista, têm balançado a Tunísia nos últimos meses.

Também houve protestos desencadeados pelo crescente desemprego e pobreza, os problemas-chave que iniciaram a revolução de 2011.

Com Al-Manar,
Da Redação do Vermelho