Venezuela: Morte de líder indígena evidencia conflito agrário

O assassinato do líder indígena Sabino Romero neste domingo (3) traz à luz a necessidade de debater, na Venezuela, a questão agrária, e de o governo colocar o tema na agenda pública, como afirmou nesta segunda-feira (4) o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Ernesto Villegas.

Sabino

De acordo com declarações do titular ao canal Venezolana de Televisión, ainda não podem ser adiantadas conclusões, mas afirmou que este fato "terrível" volta a colocar sobre a mesa a importância da justiça no tema da terra, em um país onde ainda existem "reminiscências de latifúndio".

Depois de repudiar este acontecimento fatal, Villegas lembrou a opinião pública que o Governo nacional tem realizado medidas legais práticas para favorecer comunidades indígenas na questão da propriedade da terra.

Há ainda problemas de deslocados devido a "reminiscências de latifúndios que ainda existem", admitiu o ministro, que deixou claro que precisamente por essa razão "é preciso continuar trabalhando".

Depois que a notícia do assassinato ontem à noite de Romero, cacique da comunidade yupka do município Machiques de Perija e líder histórico na luta indígena pela terra, foram mobilizados para a região soldados e peritos da Guarda Nacional Bolivariana, da Força Armada Nacional Bolivariana e do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalística (Cicpc).

Desde este domingo (3) e primeiras horas da manhã desta segunda (3), organizações sociais e instituições públicas pedem justiça para o caso apontado como exemplo da existência de capatazes, uma prática criminosa denunciada pelo próprio Romero ano passado.

Fonte: Prensa Latina