Nicolás Maduro denuncia intrigas políticas de Henrique Capriles

O vice-presidente executivo da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou neste sábado (2) as atividades conspirativas na Colômbia e nos Estados Unidos do líder da oposição Henrique Capriles, derrotado pelo mandatário Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro do ano passado.

Maduro informou que o atual governador do estado de Miranda (região da capital) viajou a esses países, onde se reuniu sucessivamente com paramilitares, empresários e políticos estrangeiros opostos ao governo venezuelano.

De acordo com o vice-presidente, Capriles "está desesperado, está agindo como louco", não só pelas derrotas infligidas por Chávez nas eleições presidenciais de outubro e nas regionais de dezembro passado, mas também porque a própria oposição já "não o reconhece como líder, nem chefe".

Por isso, argumentou, anda se mexendo atrás do apoio financeiro e político daqueles que têm "nota”, que são os verdadeiros chefes dos núcleos contrapostos ao governo.

Maduro fez uma cronologia dos recentes passos de Capriles, que –assegurou – se reuniu primeiro com paramilitares colombianos, com um grupo de venezuelanos dedicados a atividades petroleiras e com certo "personagem sinistro" cujo nome não mencionou.

Estas entrevistas em terras colombianas tiveram, entre outros objetivos, a planificação do desabastecimento especulativo neste país, problema contra o qual as autoridades lançam uma ofensiva durante os últimos dias.

Na continuidade, este "príncipe decadente da burguesia" foi aos Estados Unidos, onde se entrevistou com membros da "máfia de Miami" e com "banqueiros fugitivos", presumivelmente para conseguir financiamento, assinalou Maduro.

Segundo o ex-chanceler e ex-presidente da Assembleia Nacional venezuelana, o oposicionista se reuniu também com enviados dos congressistas republicanos estadunidenses Otto Reich e Roger Noriega, que desde há anos fizeram "o trabalho sujo" quanto às relações dos Estados Unidos com a América Latina.

Maduro – que repetidamente desafiou Capriles para que o desmentisse publicamente – acrescentou que existe a probabilidade de um encontro entre esse "político medíocre derrotado" e a subsecretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.

A parte folclórica da intervenção incluiu os detalhes sobre o apartamento de Capriles em Manhattan, Nova York, acerca do qual Maduro se perguntou: "Com que o comprou?".

Depois de denunciar o périplo e as atividades do oposicionista, o vice-presidente executivo o instou a regressar e pôr-se a trabalhar pelo povo do estado de Miranda, amplamente o de maior índice de criminalidade no país.

"Por que não está em Miranda ocupando-se dos problemas do povo?" – voltou Maduro a interpelar.

Mais adiante, advertiu Capriles para que que "não fique louco", pois em caso de violação das leis venezuelanas, estas serão aplicadas com "absoluto apego à Constituição".

"Que ninguém se equivoque com a Venezuela", enfatizou.

Por último, Maduro lançou aos meios de comunicação direitistas o desafio de publicar suas palavras.

Prensa Latina e Blod da Resistência [www.zereinaldo.blog.br ]