Motoristas de ônibus do Rio fazem greve no aniversário da cidade

No aniversário da cidade maravilhosa, comemorado nesta sexta-feira (1º), motoristas e cobradores de ônibus do Estado do Rio de Janeiro deflagraram uma greve temporária para reivindicar piso salarial de R$ 2 mil e 15% de reajuste salarial, plano de saúde, vale-refeição e aumento da cesta básica. Além disso, exigem o fim da dupla função de cobrar e dirigir.

A Rio Ônibus, sindicato patronal, disse que a zona oeste é a área mais atingida pela paralisação. Na madrugada, de acordo com o empresariado, 60 ônibus alimentadores do BRT Transoeste foram apedrejados.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Estado do Rio de Janeiro (Sintraturb-RJ), trata-se de uma paralisação de advertência de 24 horas. No início da tarde a categoria deve realizar uma assembleia. Abaixo a transcrição da nota publicada pelo sindicato.

Paralisação de advertência de 24 horas do ônibus do Rio começa meia-noite de hoje

Os motoristas, cobradores, pessoal do tráfego e de manutenção dos ônibus da Cidade do Rio de  Janeiro rejeitaram a proposta apresentada pelo Rioônibus e decidiram fazer uma  paralisação de advertência de 24H. A Assembléia aprovou uma contraproposta de 15% de aumento, plano de saúde e o fim do motorista-junior. Decidiram permanecer em assembléia e convocaram a categoria para avaliação do movimento amanhã, dia primeiro de março, no Guadalupe Club, na Avenida Brasil 23.360, próximo a passarela 32, ao meio-dia.

O sindicato patronal tratou com desdém a Proposta de Pauta apresentada, no início de janeiro,
pelo Sintraturb-Rio, representante legítimo dos trabalhadores do transporte urbano de passageiros do Rio de Janeiro.

Da Pauta entregue ao Rioônibus constam trinta propostas, entre elas, o piso de R$ 2 mil para os motoristas, cesta básica de R$ 200 sem desconto, tíquete refeição e plano de saúde.
A postura patronal foi desde o inicio de “levar com a barriga”, recusando-se a uma negociação
séria e responsável. Só diante da mobilização dos trabalhadores é que apresentaram a proposta de 6,65% de aumento, recusada pela assembléia que decretou estado de greve no dia dezoito de fevereiro.

Hoje, o que mais deixou indignada a categoria é que antes da assembléia que analisaria a proposta  de 8% de aumento, última apresentada pelo Rioônibus, este de forma golpista, rompeu as negociações e divulgou que independentemente da decisão da categoria aplicaria nos contracheques sua decisão unilateral.

Não restou a Assembléia, que contou com três mil integrantes rodoviários, outra interpretação da postura do Rioônibus que considerá-la como provocação. “Esses patrões não tem vergonha, não? Oferecer dezesseis reais de aumento na cesta básica é vexatório. São Paulo tem cesta de R$ 325 e eles querem nos dar R$ 96, não dá pra aceitar isso”, era voz corrente entre os motoristas.

Ao final da assembléia vários grupos se organizaram e saíram em direção das garagens para avisar ao conjunto da categoria. Todos voltam pra assembléia de avaliação às doze horas do dia 1 de março no mesmo local, Guadalupe Club.

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2013 – 22h35min

Com agências