Polícia prepara-se para conter violência em eleições no Quênia 

Cerca de 99 mil agentes de segurança vigilarão os colégios de votação no Quênia, para garantir as eleições gerais da próxima segunda-feira (4), informou o inspetor geral da Polícia, David Kimaiyo.

De acordo com o jornal The Standard, o chefe policial revelou que seu departamento já começou a enviar agentes a esses centros e remeteu ao Conselho Assessor de Segurança Nacional um plano de ação de emergência para cobrir a etapa da campanha eleitoral.

"Estamos preparados de forma adequada para este exercício. Desenvolvemos um plano de ação de contingencia que se debateu no Conselho Assessor de Segurança Nacional,” reiterou Kimaiyo.

O inspetor disse que o documento abarca as áreas a que a polícia será enviada, em todos os centros de votação e zonas “propensas à violência.”

O inspetor geral pediu a quem for votar que regresse para casa mais cedo na véspera, para preparar-se para o exercício do voto e manter a calma e a paz durante o evento.

O Quênia celebrará eleições presidenciais, parlamentares, para senadores e para governadores regionais no próximo dia 4 de março. Recentes pesquisas asseguram que o candidato presidencial Uhuru Kenyatta, filho do primeiro presidente do Quênia independente, Jomo Kenyatta, encabeça a disputa presidencial.

Kenyatta, líder da aliança política Jubile, tem vantagem de 0,4% em comparação ao seu principal rival, o primeiro ministro Raila Odinga, embora seja acusado pela Corte Penal Internacional (CPI) de estar implicado nos atos da violência pós-eleitoral que causaram 1.300 mortos e cerca de 300 mil deslocados em 2008.

A CPI acusa Uhuru Kenyatta e a seu companheiro aspirante à vice-presidência, o deputado e ex-ministro da Educação William Ruto, de implicação na espiral de violência de 2007-2008, vinculada com as eleições passadas.

Os enfrentamentos (alegadamente baseado em conflitos étnicos) cessaram com a assinatura de um acordo em 28 de fevereiro de 2008, que garantiu que em abril do mesmo ano se criasse um governo de unidade nacional. Odinga ocupou o cargo de primeiro ministro, enquanto Mwai Kibaki, do grupo étnico maioritário kikuyu, manteve a presidência do país.

Com Prensa Latina