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Liège Rocha: no 8 de Março o PCdoB defenderá "Mulheres no Poder" 

“Mulher no poder”. Esse será o mote defendido pelo Fórum Nacional Permanente do PCdoB sobre Emancipação das Mulheres para a intervenção das comunistas no dia 8 de Março. A informação foi dada pela secretária nacional da Mulher do PCdoB, Liège Rocha, durante participação no programa “Partido Vivo”, da Rádio Vermelho

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Segundo Liège, esse mote consegue unir diversas bandeiras da luta das mulheres. “A mulher no poder é um mote prioritário. Porque isso envolve uma série de questões, inclusive a sub-representação das mulheres nos espaços de decisão. Além disso, o tema vem em um momento estratégico, 2013 é ano de congresso do Partido e as mulheres precisam estar preparadas para o debate.”

A comunista externou que mesmo com um mote geral, o PCdoB não irá perder de vista as demais bandeiras.

“É bom destacar que definir um mote não significa esquecer as demais lutas das mulheres. O PCdoB segue firme no combate à violência e tráfico de mulheres, continuará a luta pela educação, saúde. Ou seja, contra qualquer tipo de discriminação ou violência sofrida pelas mulheres”, indicou.

Organização para o 8 de Março

A dirigente acrescentou que ao longo das comemorações do Dia da Mulher, o PCdoB sempre esteve na linha de frente das mobilizações em torno das atividades desta data e acrescentou que para 2013 a organização das manifestações do dia 8 já estão sendo encaminhadas desde o final de janeiro.

Na oportunidade, Liège também destacou o papel das centrais sindicais na construção do 8 de Março.

“O envolvimento das centrais sindicais na construção das atividades comemorativas do Dia da Mulher é muito importante, seja pelo papel que jogam as trabalhadoras em nosso país, seja pelo trabalho de intervenção que as centrais desempenham no interior da esfera política.”

“Além disso, é bom salientar para os ouvintes da Rádio Vermelho que a agenda de ação das mulheres extrapola os atos públicos e passeatas. O movimento feminista constrói um verdadeiro leque de ação, com atos em universidades, espaços de poder, seminários, debates, reuniões que, conjugados com as passeatas e manifestações, ampliam o raio de ação para a implementação das bandeiras defendidas pelo movimento”, indicou a dirigente.


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Ela sinalizou que ao final de fevereiro a Secretária Nacional da Mulher do PCdoB terá uma agenda de ação da atividades que serão realizadas em março.


Comunistas reunidas em Seminário para debater ganhos nas eleições de 2012.

10 anos de governo progressista e popular

Relativo aos 10 anos de governos progressistas e populares, Liège Rocha afirmou que ao longo desta década o movimento de mulheres no Brasil alcançou conquistas significativas.

“Um fato que não deve ser esquecido é o primeiro ato do governo Lula com a criação da Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, que hoje possui status de Ministério. Essa foi uma conquista importantíssima, do ponto de vista da elaboração, fiscalização e implementação de políticas públicas para as mulheres. Ações que até então eram tratadas de maneira secundária por outros ministérios”, ponderou a dirigente.

Além disso, ela aponta o processo histórico de conferências vivido pelo Brasil. “Só para as questões da Mulher, foram realizadas três conferências nacionais. Só a primeira Conferência mobilizou 130 mil mulheres de todo Brasil, que pela primeira vez puderam pensar, debater e propor ações efetivas para as suas demandas. Daí foi que nasceu o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e isso é único na história política de nosso país.”

A Secretaria de Políticas para as Mulheres foi instituída através da Lei Nº 10.683/2003. Liège explicou que dentre as funções da Secretaria está a de “assessorar na formulação, coordenação e articulação de políticas para as mulheres, bem como elaborar e implementar campanhas educativas e antidiscriminatórias de caráter nacional”.

Outro fato inédito apontado pela secretária da Mulher do PCdoB foi a criação de um Programa Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, questão que em muitas regiões sequer era discutida. “Na última década ouvimos um grito geral de NÃO à impunidade aos que praticam violência contra a mulher. É nesse período que conquistamos a Lei Maria da Penha, que já é referência para muitos países no mundo”, acentuou a comunista.

Ela reconhece os avanços, mas frisa que há ainda um longo caminho para ser percorrido e cabe ao movimento social, bem como aos partidos como o PCdoB, travar essa luta.

“O PCdoB reconhece as conquistas, mas também aponta os caminhos para continuar nesse processo de mudança. No caso do combate à violência contra a mulher a lei existe, mas precisamos focar agora na criação, nos estados e municípios, dos equipamentos de atenção às mulheres que sofrem violência, tais como as casas-abrigo, delegacias especiais, centros de referência, entre muitos outros. O Brasil ainda vive a triste realidade de bárbaros assassinatos de mulheres e é preciso que a Lei Maria da Penha exista para além do papel e faça valer o respeito de direitos que a mulheres lutaram com suor e sangue para conquistar”, finalizou a dirigente.

Acompanhe na Rádio Vermelho a entrevista na íntegra: