Protestantes demonstram apoio ao presidente Mursi no Egito

Os protestantes lotaram a praça da Universidade do Cairo, entoando slogans de apoio a Mursi e denunciando a recente violência que disseram ter sido provocada pelos apoiadores da oposição contra as instituições do Estado.

“O presidente chegou ao poder através das urnas eleitorais, ele não pode ser derrubado por bombas ou ataques a edifícios públicos e privados”, disse Mohammed al-Sagheer, um clérigo muçulmano.

Os participantes da manifestação levantaram cartazes em que se lia “não à subversão!” e “aqueles que amam o Egito não deveriam destruí-lo.” 

O protesto foi o primeiro realizado pelos aliados de Mursi desde as manifestações massivas que eclodiram contra suas políticas no fim de janeiro, o que marcou o segundo aniversário do levante contra o governo do ex-presidente Hosni Mubarak.

Manifestações rivais

A oposição acusa Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, de aumentar a presença da sua Irmandade Muçulmana no poder e de agir como um ditador. A Irmandade disse, na sexta-feira, que a manifestação era “simbólica”, para evitar qualquer embate com os oponentes de Morsi.

Cerca de 60 pessoas morreram nos confrontos entre protestantes da oposição e froças de segurança em todo o Egito nas últimas três semanas, de acordo com fontes oficiais.

Enquanto isso, centenas de manifestantes reuniram-se, ainda nesta sexta-feira, diante do palácio presidencial, no Cairo, para protestar contra o que chamam de uma “falha” de Mursi, que não teria cumprir com os objetivos da revolução que o trouxe ao poder.

O grupo mais forte da oposição, Fronte Nacional de Salvação, anunciou que se manteria distante dos protestos desta sexta, depois de ter sido acusado de incitar a violência nas ruas. O bloco, liderado pelo nobel da Paz, Mohammed ElBaradei, tem recusado propostas de diálogo feitas por Morsi.

Fonte: Al-Jazeera
Tradução da Redação do Vermelho