OLP apresentará plano de negociação com Israel a Obama 

O comando da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) apresentará em março ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uma proposta para as negociações de paz com Israel.

Pelo plano, haveria um prazo de seis meses para demarcar as fronteiras entre os dois países e os mecanismos de segurança conjuntos. O texto sugere ainda a suspensão das construções nos assentamentos nas áreas de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia.

A proposta foi desenvolvida em parceria entre a OLP e a Liga Árabe (formada por 22 países). Há ainda uma série de recomendações para a libertação de prisioneiros palestinos, a retirada de militares israelenses de postos de controle e das estradas na Cisjordânia, além da reabertura das instituições palestinas em Jerusalém Oriental.

Em relação à divisão de Jerusalém, o plano palestino considera que se Israel permitir a retomada das negociações, sem postos de controle de fronteira, serão aceitos os assentamentos de Yaakov e Pisgat Zeev, do lado israelense.

De acordo com integrantes da OLP, a proposta não é direcionada apenas aos Estados Unidos, mas a toda a comunidade internacional. Em seu primeiro mandato, Obama incluiu visitas à Palestina e a Israel, além de vários países do Oriente Médio, mas há uma sensação generalizada de frustração quanto a sua falta de empenho e firmeza em relação ao conflito.

O Brasil apoia a criação de um Estado da Palestina independente e autônomo e já reconheceu o país como tal, o que incluiu o estabelecimento de uma Embaixada em Ramallah, na Cisjordânia, e o voto favorável à Palestina na Assembleia Geral da ONU, em novembro passado. Em seus discursos, a presidenta Dilma Rousseff costuma reiterar a necessidade de busca de um acordo entre palestinos e israelenses e a definição do território do Estado da Palestina.

Com Agência Brasil