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Assentamento Milton Santos: Instituto Lula é solidário, diz Dulci

Em declaração à imprensa, na tarde desta quarta-feira (23) o ex-ministro Luiz Dulci, diretor do Instituto Lula, falou aos jornalistas sobre a ocupação da sede do instituto. Durante a entrevista, Dulci disse que, embora considere justa a causa do movimento, o Instituto Lula não tem como intervir na situação e a negociação tem de se dar entre o movimento e o governo federal.

Os ocupantes representam famílias moradoras do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Milton Santos, no município de Americana (SP). 

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Incra diz que assentamento Milton Santos permanece


Apoio do Incra

Em entrevista à imprensa, o superintendente regional do Incra de São Paulo, Wellington Diniz, afirmou que o governo federal não irá permitir a reintegração, já que, como registrado por cartório, a área pertence ao INSS.

Ele informou que já foi tomadas as "providências para a permanência das famílias no assentamento, que é do governo federal, do Incra e daquelas famílias. A superintendência regional de São Paulo, a presidência nacional do Incra e a Presidência da República estão determinados a não deixar a reintegração acontecer.”

Através de nota enviada à imprensa, o órgão afirmou que “mantém-se ao lado das famílias assentadas, e a convicção de que a terra em questão é pública e deve permanecer como área destinada à reforma agrária”.

Mais sobre o caso

No dia 9 de janeiro, o Incra recebeu intimação para desocupar o assentamento, onde 69 famílias vivem há sete anos. Os moradores do Milton Santos foram notificados na manhã desta quarta-feira, e teriam até o dia 30 para desocupar a área.

De acordo com informações publicadas na imprensa nacional, até 1976 a área pertencia à família Abdalla e era utilizada irregularmente pela Usina Ester, de açúcar, mas foi confiscada por causa de dívidas com a União. Em 2005, a área foi repassada ao INSS, que cedeu ao Incra a posse do terreno para a implementação do assentamento. Desde junho de 2006 as famílias assentadas vivem e produzem no local.

Ouça declaração de Luiz Dulci na Rádio Vermelho