Manobra militar de Israel desaloja palestinos

Mais de 500 palestinos foram obrigados nesta quarta-feira (2) a abandonar seus lares por causa do início de manobras do exército do regime de Israel na região ocupada do Vale do Rio Jordão, situado no norte da Cisjordânia.

De acordo com alguns testemunhos presenciais, os soldados israelenses obrigaram os residentes desta zona a abandonar seus lares.

Aref Daraqame, um funcionário da administração municipal da mencionada região, ao declarar que este exercício militar obrigou mais de 400 mulheres, crianças e idosos a abandonar suas casas, afirmou que este poderia ser realizado “em outro lugar”.

“Umas 75 famílias palestinas receberam na semana passada a ordem de abandonar suas casas antes do início destas manobras de 24 horas de duração”, explicou.

Por outro lado, o governador palestino do Vale do Rio Jordão, Mayid al-Feitani, além de criticar o desalojamento forçado dos residentes palestinos de Wadi al-Malah, disse: “É inaceitável, mesmo que seja apenas por 24 horas”.

O exército do regime de Tel Aviv, depois de emitir a ordem de evacuação, alegou que as residências localizadas no Vale do Jordão foram construídas de forma ilegal e não autorizada em uma zona militar, fato que surpreende, já que o regime de Israel não para de anunciar a construção de assentamentos ilegais nos territórios ocupados palestinos para seus colonos.

Durante os exercícios militares realizados no ano passado pelo exército do regime israelense também se ordenou que os habitantes do Vale do Jordão abandonassem seus lares.

Segundo o informe emitido pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), do total de 60 mil palestinos residentes no Vale do Jordão, cerca de três mil e 400 vivem em zonas que o regime de Israel qualifica de militares e correm o risco de ser desalojados à força de seus lares.

Hispan TV