Parlamento romeno ratifica social-democrata como premiê

O presidente romeno, Traian Basescu, dissipou as dúvidas sobre uma nova crise política nacional ao ratificar o social-democrata Victor Ponta como premiê e responsável pela composição do novo governo.

Basescu tinha declarado em várias ocasiões que, apesar dos resultados das eleições parlamentares, das quais a coalizão dirigente União Social Liberal (USL) saiu com ampla maioria em ambas câmaras, a decisão final de quem estaria adiante do executivo estava em suas mãos.

Ponta, um jurista e ex-procurador de 40 anos que dirige desde 2010 o Partido Social-democrata (PSD), majoritário dentro da USL, esteve encarregado do gabinete de junho deste ano até as eleições, mas seu período no poder esteve marcado por um choque violento com o chefe de Estado.

Ainda que exista uma promessa de conciliação entre a liderança do país e o chefe de Estado, na realidade eles se enfrentam desde um início, primeiro com denúncias de que o mandatário se metia nos assuntos do executivo e violava a Constituição, e depois ao promover sua destituição.

As tensões entre Ponta e Basescu terminam com uma vitória política do segundo, após a realização de um referendo em julho passado no qual se perguntava aos romenos se era necessário processar o Presidente.

Durante sua campanha eleitoral, o dirigente social-democrata, que pretende contar com apoio parlamentar para formar o governo antes do Natal, prometeu consertar o drástico legado de medidas de austeridade de governos anteriores, ainda que sem deixar de cumprir compromissos com o Fundo Monetário Internacional.

O conservador chefe de Estado apoiou em todo momento a coalizão de centro-direita (ARD), integrada pelos democratas liberais e os partidos Força Cívica e Camponês Nacional Democrata-cristão.

A USL, que inclui o PSD, o Nacional Liberal, a União Nacional Progresso da Romênia e o Partido Conservador, obteve 57,6% de apoio para a Câmara de Deputados e quase 60 para o Senado, enquanto que a ARD contará com 16,5 de congressistas e 16,9 dos senadores.

Fonte: Prensa Latina