O Grupo Piraquara e o Vale Encantado do Paraíba

O espetáculo O Vale Encantado do Paraíba estreou nesta quinta-feira (5), no Centro de Estudos Teatrais (CET), em São José dos Campos (SP). Durante o mês de dezembro ocorrerão outras cinco apresentações.

Por Calixto de Inhamuns

O Grupo Piraquara, buscando se adaptar às novas realidades, além da continuidade de todo o seu trabalho de pesquisar, amparar e divulgar o Folclore e a Cultura Popular do Vale do Paraíba, quer se firmar como um coletivo de trabalho onde um dos seus principais objetivos seja a formação e a informação.

Formação de novos artistas, através do estudo e da prática do teatro, da música e da dança e, através do resultado deste processo, formar um público interessado; informação de um conteúdo adquirido através desse estudo e dessas práticas que sirvam de ferramentas para informar os próprios integrantes do grupo e, posteriormente, aos que vão assistir ao trabalho, da importância do folclore e da cultura popular na formação de uma sociedade e de seus cidadãos.

O folclore visto como uma ciência que se volta para os fatos, espiritual e individual da cultura de uma coletividade humana inserida dentro de uma sociedade, que foram criados ou adaptados pelos meios populares e que estão sempre, como a própria sociedade, em permanente transformação. Entender, estudar essas transformações e, através de projeções estéticas, colocar em cena para atingirmos os corações e mentes de quem pratica e de quem irá nos assistir é a nossa missão e o nosso sonho.

Se todo o processo é importante na formação dos participantes, o resultado é fundamental na relação com o público. Através do processo se constrói a base para a criação de um espetáculo, o resultado, que deve encantar, dar prazer e despertar o interesse pelos mitos, fábulas, causos, provérbios, crenças e pela música e danças criados pela sabedoria popular e anônima.

O Vale Encantado do Paraíba

O primeiro espetáculo desta nova fase, O Vale Encantado do Paraíba, é inspirado nas danças e músicas que nasceram da mistura das culturas indígenas, afro e europeias e acontece dentro de uma comunidade fictícia.

A Dança de São Gonçalo, o Jongo, a Catira e o Moçambique são algumas danças e folguedos mostrados e tendo como pano de fundo algumas lendas como a da Noiva do Banhado, do Corpo Seco, do Túnel do Banhado e outras manifestações populares.

Não é o objetivo do Grupo Piraquara fazer folclore ou tentar repetir o que ainda é feito em algumas comunidades, mas registrar através de projeções artísticas e incentivar uma reflexão sobre as nossas tradições.

O texto é de minha autoria, Calixto de Inhamuns, que também dirijo o espetáculo. A direção cênica e preparação de atores é de Carlos Rosa, direção musical de Eduardo Rennó, direção de movimentos e danças de Silvia Nery e cenários e figurinos de Pitiu Bonfim. Os músicos responsáveis pela sonorização do espetáculo são: Denilson, Samuel Sgarbi e Eliomar Landim

O elenco, Bruno Marinho, Chico Abelha, Diego Nery, Erik Thomas, Flávia Bonani, Janaina Zaninoto, Lily Alves, Lucilene Dias, Maria Fernanda Ramos, Paulo Cortez, Regiane Silveira e Romulo Scarini é formado por crianças, adolescentes e adultos sendo que alguns possuem experiência e outros sobem pela primeira vez ao palco, mas todos conscientes de que estão dando o primeiro passo em um caminho cheio de seduções e dificuldades."

(*) Calixto de Inhamuns é ator, diretor, produtor e dramaturgo

Serviço

Dia 7, às 21h – Espaço Cultural Eugênia da Silva – Rua dos Carteiros, 100, Parque Novo Horizonte, São José dos Campos

Dia 12, às 21h – Centro de Estudos Teatrais (CET) – Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, São José dos Campos

Dias 13 e 14, às 21h – Espaço Cultural Flávio Craveiro – Avenida Lênin, 200, Dom Pedro I, São José dos Campos.