Bancários paralisam atividades contra demissões no Santander

Bancários de sete agências do Banco Santander, de Salvador (BA), paralisaram as atividades a partir desta terça-feira (4) para protestar contra as demissões feitas na segunda. Até agora, 23 trabalhadores foram demitidos em Salvador sob a justificativa busca de melhores resultados. Em todo o país foram mil. "Isso é um desrespeito total com o trabalhador. Até agora, só neste ano, o Santander lucrou mais de R$ 4 bilhões", contesta o presidente do sindicato da categoria no estado, Euclides Fagundes.

A ideia, segundo o dirigente sindical, é manter a paralisação até que as demissões parem e que sejam revertidas as demissões já concretizadas. Euclides Fagundes, presidente do Sindicato dos Bancários. Há rumores que até sexta-feira (7) o número deve subir para 5 mil. O caso já foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

Os bancários foram surpreendidos com as demissões, feitas de maneira arbitrária. Nem trabalhadores, nem entidades representativas foram avisadas. As mesmas tentaram contato com a organização financeira, mas não obtiveram resposta.

“Não vamos permitir que os desligamentos continuem. A situação é de pânico nas unidades”, explica o diretor Adelmo Andrade, também funcionário do banco. O diretor da Feeb, Erivaldo Sales, completa. “Exigimos a suspensão das demissões. O Santander lucra alto e, mesmo, assim, promove demissão em massa”.

“Enquanto o banco patrocina a Fórmula 1, os funcionários são prejudicados. O ganho do Santander somou quase R$ 5 bilhões, fruto do trabalho dos bancários. O Sindicato espera que uma negociação seja aberta, no intuito de barrar mais demissões e reverter as que foram feitas”, explica o diretor da Feeb, José Antônio dos Santos.

Vale lembrar que durante as negociações do acordo coletivo o movimento sindical já cobrava mais contratações.

Da redação do Vermelho