Ao som do Hino Palestino, Fórum luta por Estado soberano

A execução do hino palestino marcou o inicio da plenária Plenária Nacional pelo Estado da Palestina Já, na tarde desta sexta-feira, na Usina do Gasômetro. A atividade ocorre num momento simbólico: na véspera a Autoridade Palestina foi reconhecida como estado não-membro pelas Nações Unidas (ONU).

O embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben saudou os cerca de 500 participantes da plenária e agradeceu pela solidariedade dos ativistas a causa. “A Palestina deu ontem seu primeiro passo para ser livre. Seguiremos a luta e não descansaremos até sermos um estado livre e soberano”, disse o embaixador. Ele também agradeceu o apoio dado pelo Comitê pelo Estado da Palestina Já, criado em 2011 na sede do PCdoB e integrado por 30 entidades nacionais e 33 locais.

Houve consenso entre os participantes da mesa que foi apenas um passo e que mais batalhas se avizinham. E, nesse cenário, a unidade e o apoio aos Palestinos serão essenciais. A presidenta do Cebrapaz, Socorro Gomes, defendeu a criação de comitês pela Palestina Livre em todos os estados e países. “Nossa luta não para aqui. Falar da Palestina Livre hoje é uma questão de humanidade, deve ser responsabilidade de todos”, afirmou. Presidente da Unegro, Edson França ressaltou que a denúncias das ações racistas e terroristas de Israel têm que continuar. “Temos que continuar atentos ao que acontece com os palestinos”, disse.

O Presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, reafirmou o apoio da central sindical ao Comitê. “Uma grande marcha como a ocorrida ontem e que reuniu mais dez mil pessoas mostrou que a causa não é apenas dos palestinos, mas de todos nós”. Secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício falou sobre as dificuldades e resistências enfrentadas para a realização do Fórum. “Sofremos a pressão de grupos que não querem que a população saiba o que realmente está acontecendo com os palestinos”. Nesse sentido, disse o sindicalista, a imprensa alternativa, como os jornais sindicais, terão papel fundamental para mostrar o que realmente ocorre naquela região.

O papel das mulheres palestinas foi destacado pela coordenadora nacional da UBM, Elza Campos. “Essa foi uma vitória também da resistência das mulheres palestinas, que precisam encontrar o balanço entre o ativismo e a proteção da própria família”.

De Porto Alegre,
Barbara Paiva