PUC-SP: Futuro da greve começa a ser decidido nesta quarta

Assembleias que começam nesta quarta-feira (21) decidirão se a greve de alunos, docentes e funcionários continuará na Potifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Os grevistas pedem que "a vontade da comunidade universitária seja respeitada".

Iniciado há uma semana, o movimento protesta contra a decisão do cardeal dom Odilio Scherer, grão chanceler da universidade, de escolher como reitora a professora Anna Maria Marques Cintra, terceira colocada na eleição.

Pelo regulamento, a escolha final cabe ao cardeal, mas, tradicionalmente, o primeiro da lista era o nomeado.

Para isso, ou o cardeal muda de posição (o que é considerado improvável pelos grevistas) ou a candidata escolhida decide não assumir.

Um texto distribuído por seus apoiadores diz que a escolha da professora Anna Maria foi "legítima" por estar na regra da disputa e ressalta que, apesar de ter ficado na terceira colocação na lista, ela foi a mais votada entre os professores.

Atual reitor e o mais votado, Dirceu de Mello afirmou nesta segunda-feira (19) que só aguarda o desfecho da situação. Disse também que o cardeal tem a prerrogativa de escolher o reitor. "Não estou liderando o protesto. Me mantenho tranquilo no processo", afirmou.

Nesta quarta haverá nova reunião dos docentes e de alunos, separados por cursos. No dia seguinte, haverá assembleia geral dos estudantes.

Nos últimos dias ganhou força nas redes sociais movimento de alunos para tentar barrar a paralisação. Parte defende que o processo foi legítimo, parte diz que a greve prolongada afetará as aulas.

Em nota, a PUC disse que os três candidatos "são da mais alta grandeza acadêmica, mas que a escolha respeita o estatuto da universidade".

Afirma, ainda, que o período é de realização de vestibular e avaliações acadêmicas e que "eventuais paralisações tendem a prejudicar os alunos e toda a comunidade".

Fonte: Folha de São Paulo