Publicado 11/11/2012 11:15 | Editado 04/03/2020 17:07
Defensora Geral do estado, Jeane Bezerra
O secretário geral do Floriano Cavalcanti, Canindé de França, ressaltou a responsabilidade social da Escola na garantia da cidadania dos estudantes. “Estamos no cumprimento de um dever do poder público em assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à cidadania da criança e do adolescente, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral e social, em condições de liberdade e de dignidade”, ressaltou o secretário geral da Escola, Canindé de França.
Secretário geral da Escola, Canindé de França
A vice-diretora da Escola, Soraia Cristina, que vivencia esta situação na escola e em casa, com a falta de reconhecimento da paternidade do seu filho, destaca a importância de pais e filhos saberem que o reconhecimento do estado de filiação é um direito indisponível, conforme prevê o artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990). "Sabemos que algumas questões precisam ir para justiça porque há casos em eu uma das partes não quer reconhecer. Mas a grande maioria que quer o reconhecimento fica sem ter o seu direito garantido em função de não ter tido essa oportunidade. Acho que esta iniciativa é importante, na medida em que promove a justiça social e protege a nossa infância e a nossa adolescência", afirma.
Para a coordenadora pedagógica da escola, Idalina Luzia, o aluno ter o reconhecimento da paternidade e é imprescindível para o seu desenvolvimento no âmbito escolar. “Esperamos que essa ação pioneira do Floriano Cavalcanti sirva como exemplo para que outras escolas procurem a Defensoria Pública”, enfatizou.
Segundo dados do Censo Escolar de 2009, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Estado do Rio Grande do Norte conta com cerca de 27 mil alunos cuja paternidade é desconhecida.
O Programa
O Programa Público Paternidade Responsável, criado através da Lei Estadual 9.535, de 08 de setembro de 2011, é coordenado pela Defensoria Pública do Estado (DPE), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) e com a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas). Em pouco mais de um ano de existência, o Programa já realizou cerca de 700 atendimentos.
De Natal, Jana Sá