Comunista francês pede a Obama fim do bloqueio contra Cuba

"Seria muito louvável que uma das primeiras decisões do presidente Barack Obama, depois de reeleito, fosse levantar o bloqueio contra Cuba", expressou o responsável para a América Latina do Partido Comunista Francês (PCF), Obey Ament.

Em declarações à Prensa Latina, Ament denunciou o caráter desumano do cerco econômico, comercial e financeiro imposto contra o povo cubano há mais de meio século.

"O bloqueio é um dos maiores escândalos que existem hoje no mundo", opinou o dirigente comunista francês e acrescentou que não há nenhuma razão para que uma política como essa seja justificada.

De acordo com o relatório que será submetido à votação na próxima terça-feira, na Assembleia Geral da ONU, até dezembro de 2011 os prejuízos econômicos causados por essa agressão chegam a 1,66 trilhões de dólares, considerando a depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional.

"Como em ocasiões anteriores, certamente a votação será a favor de Cuba, o que quer dizer que há um consenso mundial contra essa política", recordou o responsável pelo PCF.

No ano passado, 186 países se pronunciaram pelo levantamento desse cerco, durante a vigésima votação consecutiva realizada na ONU.

Ament fez referência também às leis extraterritoriais que impedem muitos países, inclusive aliados dos Estados Unidos, de manterem vínculos normais com Cuba.

"Não podemos defender um mundo diferente, no qual as relações internacionais se baseiem no diálogo e na cooperação, e ao mesmo tempo aceitar este tipo de medidas unilaterais", disse.

O dirigente comunista considerou que a França e os países da União Europeia deveriam tomar uma medida mais ativa a favor do fim dessa política.

Ament destacou o lugar que ocupa Cuba na América Latina, uma região que "está dando lições de como se pode governar a favor dos povos".

Ele considerou um paradoxo que o país que presidirá no próximo ano a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos esteja submetido a um bloqueio deste tipo.

Fonte: Prensa Latina