Palestinos reafirmam luta na ONU, apesar das ameaças de Israel

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) confirmou nesta segunda-feira (5) que prosseguirá seus esforços para elevar ao grau de país não membro o seu estatuto na ONU, apesar das ameaças veladas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os palestinos afirmam que contam com o voto favorável da imensa maioria dos países membros, o que assegura o êxito de sua iniciativa, que será apresentada à Assembleia Geral no final deste mês.

Netanyahu declarou nesta segunda-feira a uma emissora de TV israelense que na véspera convidou o presidente palestino, Mahmoud Abas, a reiniciar incondicionalmente as negociações de paz, estancadas desde 2010.

Espero que no empreendam ações unilaterais na ONU porque isto só serviria para fazer retroceder a paz e produzirá uma instabilidade desnecessária, agregou o oprimeiro-ministro sionista.

A convocação a retomar o diálogo ocorre poucos dias depois que o governo israelense autorizou a construção de dois assentamentos na Cisjordânia, que junto a Faixa de Gaza, conformam o território do Estado palestino independente.

Por sua parte, o porta-voz palestino, Nabil Abu Rudeina, disse que as conversações diretas devem esperar pelo voto na ONU.

Os Estados Unidos pressionam seus aliados atlânticos e outros países a bloquearem a iniciativa palestina que, se prosperar, permitiria à ANP dirigir-se aos órgãos jurídicos da ONU para denunciar a ocupação militar israelense e a expansão territorial na forma de assentamentos paramilitares.

No ano passado Washington conseguiu abortar uma iniciativa palestina para converter-se em Estado membro da ONU, que deve ser autorizada pelo Conselho de Segurança, do qual Washington é membro permanente com direito de veto.

Prensa Latina