Governos federal e de SP anunciam agência para combater violência

Os governo federal e estadual de São Paulo anunciaram na tarde desta terça-feira (6) a criação de uma "agência de ação integrada" para combater o crime organizado no estado, que já matou pelo menos 90 policiais militares em 2012. O envio de tropas federais para São Paulo foi descartado.

Outras cinco medidas –que abrangem o fortalecimento do trabalho de perícia e da fiscalização marítima e terrestre– foram apresentadas pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o governador Geraldo Alckmin, após reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Entre as medidas anunciadas está ainda a transferência de presos ligados aos ataques contra policiais militares e agentes penitenciários para presídios federais. Cardozo e Alckmin, no entanto, não informaram quantos presos e nem quais serão transferidos por "razões de segurança".

De acordo com o ministro, participarção da futura agência, pela União, PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Secretaria Nacional de Segurança Pública, Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e Receita Federal. Pelo governo paulista, integrarão a agência representantes das polícias Civil, Militar e Científica, além do MPE (MInistério Público Estadual) e Secretaria Estadual da Fazenda.

Inteligência

A primeira reunião do grupo está marcada para a próxima segunda-feira (15). “A ação da agência fará com que as iniciativas das polícias sejam integradas. Não se combate o crime organizado sem um sistema inteligente”, afirmou Cardozo.

Segundo o ministro, caberá à agência fornecer relatórios periódicos sobre as ações de combate ao crime organizado, sobretudo no sentido de garantir a “asfixia financeira” desses grupos.

Cardozo disse que a parceria entre os governos prevê o fortalecimento da fiscalização conjunta de Estado e União em pontos críticos de rodovias –por meio de contenções coordenadas pela PRF e Polícia Militar Rodoviária– além do porto de Santos e dos aeroportos. O objetivo é minar a entrada e a saída de drogas do Estado e, com isso, enfraquecer as organizações criminosas.

Outro ponto anunciado, mas também sem detalhamento, é o reforço das ações periciais dos governos. “Isso será importante para elucidar os crimes e identificar o percurso da droga”, disse o ministro.

Fonte: UOL