Assassinado há 43 anos, Marighella é lembrado em SP

Militantes se reuniram neste domingo (4) em manifestação na cidade de São Paulo para lembrar o assassinato do dirigente comunista e revolucionário Carlos Marighella, há 43 anos. Foram depositadas flores na Alameda Casa Branca, na região dos Jardins, zona oeste da cidade, onde o guerrilheiro foi emboscado e covardemente assassinado por esbirros da ditadura militar.

“O Marighella tinha saído para encontrar os companheiros para poder tirar do Brasil as pessoas perseguidas e, nessa travessia, foi assassinado”, lembrou a companheira do guerrilheiro, Clara Charf. Para ela, prestar esta homenagem a Marighella todos os anos é uma forma de desfazer as mentiras contadas pela ditadura, além de usar a imagem do guerrilheiro para combater as injustiças atuais.

“Nós sempre lutamos pela liberdade, pela igualdade, pela democracia, pela possibilidade de as pessoas seguirem sua vocação, todos terem direito ao trabalho e ao lazer. E nos defrontamos com essa violência bárbara, que está acontecendo não só em São Paulo, como em outros estados do Brasil.”

Em Salvador, Bahia, foi inaugurada neste domingo, em plena Praça Castro Alves, a praça do povo, uma exposição do artista plástico Helder Becerra. São 13 telas em homenagem a Carlos Marighella.

O baiano Carlos Marighella iniciou a militância aos 18 anos, quando se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCB). Preso em 1936, durante a ditadura de Getúlio Vargas, foi eleito deputado federal constituinte em 1946 e, no ano seguinte, teve o mandato cassado. Quase 20 anos depois, foi preso pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS). Em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resistência à ditadura.

Com Agências