"Faça amor, não faça Serra" mobiliza milhares nesta sexta em SP

Mais um grande ato público se espalhou pelas redes sociais para mobilizar os paulistanos nesta reta final do segundo turno das eleições municipais. Em São Paulo, mais de 2.800 pessoas já confirmaram presença no “Piquenique faça amor, NÃO faça Serra!”, na Praça Roosevelt, centro da cidade, nesta sexta-feira (26), a partir das 19h, com diversas intervenções artísticas e até beijaço. Entre os participantes, estão coletivos independentes e juventudes partidárias.

Nas últimas semanas, desde que foi reinaugurada, a Roosevelt se tornou o endereço de grandes manifestações políticas e culturais da cidade. O ato desta sexta também promete atrair muitos paulistanos descontentes com a atual administração.

“O PSDB governa São Paulo de um jeito que, infelizmente, a gente já conhece bem. Repleta de clichês, a política higienista, preconceituosa, direitista e homofóbica tenta, novamente, lançar José Serra como prefeito de São Paulo”, diz um trecho do manifesto que descreve o evento, no Facebook.

Um dos participantes do evento é juventude comunista, que há uma semana promove nas redes e nas ruas, em diversos pontos da capital, uma campanha de adesivaço pró-Fernando Haddad (PT) com o slogan “Faça amor, não faça Serra”, uma referência ao candidato tucano José Serra.

“Nos apropriamos do slogan já que ele reflete bem o nosso pensamento, de que é preciso se posicionar sobre a cidade que queremos. A juventude tem opinião e sabe se organizar, impor suas vontades e opiniões. É um ato que reflete bem nosso descontentamento com a atual gestão, por isso estaremos lá”, enfatiza Camilla Ribeiro de Lima, presidente da União da Juventude Socialista (UJS) no município de São Paulo.

Beijaço

O texto chama a atenção para os apoiadores da campanha de Serra como o pastor Silas Malafaia, que faz pregação preconceituosa contra o homossexualismo. Para protestar contra o conservadorismo político exposto nas eleições para a prefeitura da cidade, está marcado para às 22h um Beijaço – heterossexual e homossexual.

“Esse apoio de alas religiosas intolerantes dá margem para a pregação de uma ideologia de ódio contra homossexuais e outras minorias, o que vai limitar a maior cidade da América Latina a apenas um grupo de privilegiados”, reivindica o manifesto que conclui: “Em nome de quem não tem voz, dos artistas de rua que não podem expressar sua arte, dos homossexuais espancados pela cidade e de todas as minorias, vamos nos vestir de preto e novamente tomar a Praça Roosevelt, no dia 26 de outubro e dizer não a José Serra e sua política direitista patológica”, pedem os organizadores que se identificam na página como ativistas de coletivos e movimentos sociais e de juventudes partidárias que apoiam Haddad.

Deborah Moreira
Da redação do Vermelho