Policiais civis mais sensibilizados

Chega ao fim a primeira etapa do projeto de sensibilização de delegados e plantonistas da DEAM e das delegacias circunscricionais do DF

Na sexta-feira, 19, o Projeto de Sensibilização dos Delegados e Plantonistas da Polícia Civil foi ao Paranoá. Este é mais um passo que a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SEM-DF) dá, em parceria com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), para otimizar a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Desta vez, o encontro reuniu cerca de 25 oficiais e aconteceu na 27ª DP do Recanto das Emas.

Este encontro fecha o primeiro ciclo de atividades da SEM-DF e da DEAM em busca de um atendimento mais humanizado às vítimas. Eles aconteceram nas Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP). Ao todo, cerca de 150 servidores do DF participaram do processo que visa sensibilizar delegados e plantonistas da DEAM e das delegacias circunscricionais quanto à importância da realização de um atendimento humanizado para o enfrentamento à violência contra a mulher.

Além de estimular o acolhimento durante o registro da ocorrência, o projeto pode contribuir para a redução dos índices de violência e garantir a aplicabilidade da Lei Maria da Penha. Para a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, esta capacitação é fundamental para qualificar o atendimento à mulher e que os resultados apresentados até o momento têm sido favoráveis. "Nós queremos investir mais na perspectiva de educar. Nosso esforço é nesse sentido. Queremos chegar aos outros policiais, mas será feito numa próxima etapa. Além disso, estamos investindo nesse sentido com a área da saúde, com o tema da notificação compulsória", disse.

Durante os encontros, foram apresentadas como as relações gênero impactam sobre a violência contra a mulher; e como funciona a rede e o fluxo de atendimento à mulher em situação de violência. Além disso, foi debatida a forma de como os servidores do plantão da DEAM e das delegacias circunscricionais podem contribuir ainda mais para o enfrentamento a violência contra a mulher, com destaque para a "feitura" do boletim de ocorrência e o atendimento acolhedor. A sensibilização é realizada por meio de apresentações expositivas, vídeos e dinâmica de grupo.

A delegada-chefe da DEAM, Ana Cristina Santiago, lembrou que um boletim de ocorrência completo pode ajudar profundamente na investigação do caso. "Por meio deste registro, temos condições de saber o histórico de violência, se os filhos presenciam os atos de agressão, as circunstâncias em que acontecem as agressões, entre outras coisas. Quando bem feito, se torna um material riquíssimo", enfatizou a delegada.

O próximo ciclo de sensibilização está previsto para o primeiro trimestre de 2013.