CIA solicita aumento significativo de drones armados

A Agência Central de Inteligência (CIA) solicitou à Casa Branca a aprovaão de um aumento significativo da frota de aviões sem tripulação (drones) armados, revelou nesta sexta-feira o diário The Washington Post.

Segundo funcionários da administração de Barack Obama, a proposta apresentada pelo diretor da CIA, David H. Petraeus, pretende aumentar os danos letais contra "objetivos" no Paquistão e no Iêmen e enviar novos meios deste tipo para onde existirem "ameaças" de ações da Al-Qaida.

O projeto tem de ser avaliado por um grupo especial liderado pelo assessor de antiterrorismo da Casa Branca, John O. Brennan, e inclui altos cargos da agência, do Pentágono, do Departamento de Defesa e outras entidades do governo.

A aprovação ou a recusa da medida determinará se a CIA voltará a ser uma organização dedicada a obter informações ou continuará envolvida na eliminação física de suspeitos de terrorismo e seguirá sua tendência em converter-se em uma agência paramilitar, segundo informa o periódico.

Se aprovada a medida, a CIA somará 10 novos drones aos 35 já existentes.

A frota de aviões desse tipo nos serviços armados estadunidenses é muito superior, já que apenas na Força Aérea existem 246 deles, entre Predators, Reapers e Global Hawks, e há várias centenas desses aparelhos no Exército, na Marinha de Guerra e na Infantaria da Marinha, agrega o diário.

Outro problema é que qualquer medida para expandir o alcance da frota de drones armados da CIA provavelmente necessitará bases secretas adicionais por parte da agência.

Agora depende de pilotos militares estadunidenses para operar os aviões a partir de bases em estados no sudoeste do país, mas não deseja compartilhar aeroportos com o Pentágono no estrangeiro, conclui a publicação.

De 2004 até hoje, os Estados Unidos já realizaram 330 ataques com drones, que ocasionaram cerca de 1,9 mil vítimas fatais, a maioria na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. mais de 90% desses ataques foram realizados durante a administração Obama.

Fonte: Prensa Latina