Farc e governo colombiano começam em Oslo negociações de paz

A partir desta segunda-feira (15), em Oslo, na Noruega, as delegações do governo colombiano e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começam mais uma etapa do processo de negociações de paz.

Há cerca de meio século a guerrilha e o Estado oligárquico colombiano estão em conflito. A conclusão desta etapa está marcada para o dia 17. Autoridades norueguesas, cubanas, venezuelanas e chilenas fazem as mediações do acordo.

Nas últimas semanas, as Farc e as autoridades colombianas enviaram mensagens indicando que futuramente também deverá integrar o processo de paz o Exército de Libertação Nacional (ELN). Porém, as negociações com o ELN ainda estão em fase inicial.

O governo da Colômbia e as Farc nomearam vários interlocutores para as negociações. Do lado do governo estão a ex-parlamentar Aida Abella e o diretor da Fundação Arco-Íris (organização não governamental), Leon Valencia.

Há aproximadamente dois anos começaram as primeiras negociações entre as Farc e o governo da Colômbia, mas o processo foi interrompido e retomado. Integrantes dos governos da Venezuela e de Cuba participaram das articulações desde o começo.

A expectativa, segundo os negociadores, é que até quarta-feira (17) sejam discutidos o desenvolvimento rural e o maior acesso à terra pelos camponeses, além de garantias para a liberdade política, o fim do conflito armado com a deposição das armas e a reintegração de combatentes, assim como estabelecer medidas que visam a uma solução para o problema do tráfico de drogas e a preservação dos direitos das vítimas.

De acordo com Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, o “diálogo tem grande significado na construção da saída política para o conflito”. Comentando a projeção regional dos acordos que começam a ser negociados em Oslo, Socorro Gomes considera “que esta saída é fundamental para a consolidação da América Latina como uma região de paz, o que alicerça o caminho para a integração solidária e soberana do continente”. Por isso, conclui Socorro, “os olhos dos povos irmãos latino-americanos voltam-se neste momento histórico para Oslo, com todo o apoio aos diálogos para a paz, que esperamos seja uma paz democrática e justa”.

Da Redação do Vermelho, com informações da Agência Brasil e da Telesur