Sírios avançam no processo de reconciliação

A Aliança dos Partidos da Frente e as forças nacionais e progressistas da Síria iniciarão nesta segunda (8) em Damasco um encontro para abordar o diálogo político, a reconciliação nacional e a prevenção do terrorismo. O evento se estenderá até amanhã em um hotel central na capital, com a presença de numerosas figuras nacionais interessadas em encontrar uma solução para a crise neste país sem ingerência externa e entre sírios.

Entre as propostas que entrarão no debate estão as formas para proceder o diálogo político, o papel do Exército Árabe Sírio como garantia da soberania e da segurança do país, a rejeição à intervenção externa, a prevenção do terrorismo, a reconciliação nacional e a necessidade de manter o Estado e suas instituições.

Apesar da agressão impulsionada a partir do exterior e da ação dos grupos armados, as forças nacionais tratam de implementar um processo de negociação para tirar o país da crise imposta e levar a cabo uma série de mudanças e reformas que o governo do presidente Bashar Assad impulsiona.

Ontem no hotel Cham em Damasco iniciou-se um simpósio intelectual-jurídico-político intitulado "O terrorismo internacional: entre a política e a lei", do qual participam juristas árabes e sírios, com o propósito de analisar aspectos legais da luta contra o terrorismo, entre outros.

O ministro de Justiça, Najem H. Ahmad, pontuou durante a inauguração do foro que alguns países apoiam os grupos terroristas armados na Síria, com o único fim de empurrar o país para o fogo da "sedição setária", cuja chama atingirá cada sírio sem exceção.

Ele destacou que alguns canais do exterior animam os sírios a adotar diferentes e detestáveis ideias sectárias, e advogou por uma solução interna da crise.

Enquanto isso, outro dos participantes, o ministro de Informação, Omran Zoubi, esclareceu que o diálogo convocado pelo Estado não tem nada a ver com as operações de perseguição dos grupos terroristas por parte das forças do Exercito Árabe Sírio, indicando que "os que querem que sejam detidas as operações militares, desejam a continuação dos atos de sabotagem e as agressões contra as cidades e os povoados sírios".

Ele destacou que enfrentar o terrorismo é uma coisa e lançar um diálogo político é outra. Zoubi esclareceu que a oposição que pega em armas não é uma oposição política, portanto deve ser enfrentada com as armas e, para ele, "abrir fogo contra os soldados sírios patrióticos e ideológicos é algo inaceitável e nenhum sírio pode conceber".

Fonte: Prensa Latina