Secretarias da Mulher e da Saúde promovem Outubro Rosa

Outubro é o mês mundial contra o câncer de mama, o tumor que mais mata mulheres em todo o planeta.

Secretarias da Mulher e da Saúde promovem Outubro Rosa

No mundo inteiro, os principais monumentos das grandes cidades ganham uma iluminação rosa para chamar a atenção para a realidade atual da doença e a importância do diagnóstico precoce. A Secretaria de Saúde inicia a celebração do Outubro rosa lançando campanha em parceria com a Secretaria da Mulher, nesta segunda-feira (1°), no Palácio do Buriti.

O principal objetivo da SES, segundo o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, é garantir o acesso das mulheres brasilienses ao diagnóstico precoce do câncer de mama e a um tratamento de qualidade. Outra meta é reduzir o prazo entre diagnóstico e início do tratamento. O Distrito Federal registra 880 novos casos da doença todos os anos. Em 2011, houve 170 óbitos em decorrência do câncer de mama.

Ao iluminar de rosa os monumentos e locais históricos das grandes cidades do mundo, a ação pretende chamar a atenção para a luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo. Em Brasília, serão iluminados ao longo dos próximos 15 dias, o Palácio do Buriti, o Congresso Nacional, a ponte JK, a Catedral, o prédio do Supremo Tribunal Federal e do Itamarati. “A iluminação dos monumentos visa despertar a mulher para a preocupação com sua própria saúde”, destaca a secretaria da Mulher, Olgamir Amâncio.

A ação faz parte do calendário da SES com a intenção de expandir o número de mamografias e conscientizar a população sobre o risco do câncer de útero e câncer de mama. Para zerar a demanda pelo exame (1.500 mulheres aguardam por mamografias na Central de Regulação), a SES pretende ampliar o horário de atendimento dos 11 mamógrafos existentes na rede. Este ano, a rede pública realizou cerca de 17 mil exames, sendo 5,7 mil na Unidade Móvel de Saúde da Mulher, que percorre as áreas carentes do DF desde março.

O atendimento itinerante será ampliado com a contratação de novas carretas. De acordo com Rafael Barbosa, estão previstas outras cinco unidades para o DF nos próximos meses. Duas delas devem chegar ainda este ano para reforçar a oferta de exames. Na carreta são feitos, além de mamografia, ultrassonografia e exame preventivo do câncer de colo de útero. O programa começou em março e já passou por 11 localidades. Até sexta-feira (05), permanece em Santa Maria, seguindo para o Gama na próxima semana.

A Gerência de Câncer da SES promove a criação de três centros de diagnóstico precoce, equipando a rede com aparelhos de alta tecnologia que objetiva estabelecer um parecer rápido e eficaz. Os centros serão localizados no Hospital de Base, Hospital Regional de Sobradinho e Hospital Regional de Ceilândia. A unidade em Sobradinho tem previsão de inauguração na próxima semana.

Outra ação da SES é a regulação das consultas com médicos mastologistas – especialistas no tratamento do câncer. Assim que o exame confirmar o câncer, a paciente imediatamente será encaminhada ao médico. “Não haverá demora no atendimento, pois se sabe que quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as possibilidades de cura”, afirma a gerente de câncer da SES, Cristina Scandiuzzi.

O governo federal, por meio do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis – Brasil 2011-2022 – propõe como metas nacionais aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos; e tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer. Outra meta é realizar exames de mamografias em 70% das mulheres do grupo de risco – entre 50 e 69 anos de idade, a cada dois anos.

O câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina brasileira e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas e apresenta 17.540 novos casos, conforme as estimativas de câncer do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Estima-se para o Brasil, em 2012, 17.540 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres; destes, 2.020 na região Centro Oeste e 330 no DF.

Celi Gomes