Mamografias entre mulheres de 50 a 69 anos crescem 41% no SUS
O número de mamografias realizadas por mulheres de 50 a 69 anos na rede pública – o Sistema Único de Saúde (SUS) – cresceu 41% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2010, alcançando mais de um milhão de pessoas. Essa faixa etária é tida como prioritária na prevenção ao câncer de mama, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que assinou nesta segunda-feira (1°) portaria que cria o Programa de Mamografia Móvel.
Publicado 02/10/2012 08:47
A medida faz parte da Campanha de Mobilização para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, que integra a programação do Outubro Rosa, movimento internacional que estimula a participação da sociedade nas questões relativas à doença.
O programa consiste na liberação de Unidades Oncológicas Móveis, que percorrerão locais estratégicos dos municípios (definidos pelas secretarias de saúde) para a realização das mamografias. A implantação está prevista para este ano em todo o Brasil, informa o ministério e a estimativa é de que cada unidade móvel tenha capacidade de realizar 800 mamografias por mês. O objetivo é qualificar e ampliar ainda mais a assistência oncológica no País – principalmente entre as mulheres das camadas mais carentes da população.
Em relação a 2011, o número de mamografias cresceu 16% em 2012, foram 2.139.238 exames neste ano, contra 1.839.411 no ano passado. O avanço na área prioritária foi de 21% (1.022.914 e 846.494 exames, respectivamente). A oferta de mamografias faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado.
“Queremos chamar a atenção para a profunda desigualdade que ainda existe no acesso da qualidade ao diagnóstico e tratamento de câncer no nosso País. O Ministério da Saúde tem coordenado um conjunto de estratégias que é fundamental a cooperação com as secretarias para que esses conjuntos de estratégias sejam cada vez mais reforçados”, afirmou Padilha.
Ele acrescentou que outra meta é reduzir o preconceito que existe em torno no câncer. “Se pudermos, cada vez mais falar deste tema com naturalidade, mostrando que é possível vencer o câncer tendo diagnóstico precoce e tratando fatores de risco, também será um grande ganho neste Outubro Rosa. A assistência e prevenção do câncer são prioridades na rede do SUS”, destacou o Padilha.
O financiamento das unidades móveis será compartilhado entre governo federal, estados e municípios (responsáveis pela execução direta dos serviços). Os exames feitos nas unidades serão enviados via satélite para um estabelecimento de saúde de referência para que um médico especialista avalie o teste e apresente o resultado em até 24 horas.
Ainda neste mês, o Ministério da Saúde deve definir os critérios, procedimentos de habilitação, forma de financiamento e os requisitos para prestação de serviços de mamografia móvel.
Fonte: Portal Planalto