Ministro lança campanha para ampliar detecção do câncer de mama 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao lançar nessa segunda-feira (1º), em Brasília, a campanha de mobilização e de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, apresentou números que demonstram aumento no número de mamografias. A campanha, segundo o ministro, é para a ainda mais esses números, principalmente nas regiões Norte e Nordeste onde existe um vazio assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS). As unidades móveis vão desempenhar papel importante na campanha.

Ministro lança campanha para ampliar detecção do câncer de mama

O lançamento da campanha ocorre no Outubro Rosa, movimento internacional que estimula a participação da sociedade nas questões relativas ao câncer de mama, o tipo que mais acomete as mulheres.

Leia também: Luta contra o câncer: Congresso presta homenagem a Outubro Rosa

O ministro disse que houve um aumento de 41% de mamografias na faixa prioritária de 50 a 69 anos, no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado; e 28% da população em geral. Ele admite que o acesso ainda é muito desigual e a campanha tenta combater esse problema.

Padilha disse que a campanha tem ainda o papel de enfrentar o preconceito contra o câncer, já que é possível curar a doença quando se tem acesso a um diagnóstico precoce. Nos estágios um e dois da doença, a chance de cura é de 95%.

O Programa de Mamografia Móvel, que abriu o credenciamento a partir desde mês, já vinha sendo testado desde o ano passado em vários estados, como Rio de janeiro, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Bahia. A partir dessa experiência o Ministério da Saúde pretende ampliar o programa para alcançar a periferia das grandes cidades e os municípios do interior, mais distantes dos centros urbanos, onde há um baixo do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS).

Atendimento integral

Padilha explicou que o Ministério da Saúde cria os mecanismos do atendimento nas unidades móveis, mas quem organiza o serviço é o gestor local– municipal ou estadual. O credenciamento para os serviços padronizados disponíveis aos gestores municipais e estaduais é extensivo ao serviço público, filantrópico e privado. E que o serviço garante todo o processo de rastreamento e confirmação de diagnóstico – biopse – para um atendimento integral.

A meta é chegar mais próximo aos vazios assistenciais no acesso às mamografias, afirma o ministro Alexandre Padilha. Ele determinou ainda como meta do programa, incluindo as unidades fixas, a realização de oito milhões de mamografias/ano em 2014. Segundo ele, a proposta é expandir o número de exames realizados tanto nas unidades móveis quanto fixas.

E admite que os casos de câncer de mama exigem um conjunto de ações para enfrentar os vários gargalos. Para isso, o Ministério da Saúde combina duas estratégias – a de reforçar a orientação aos médicos e mulheres de que não deve aguardar sintomas e sinais mais evidentes para fazer exames de rastreamento e, paralelo a isso enfrentar a desigualdade no diagnóstico.

Da Redação em Brasília