Com Carlos, realinharemos Natal com o desenvolvimento nacional

Por Ramon Alves*

Estamos na reta final para as eleições municipais, a apenas 3 semanas do encontro dos eleitores com as urnas, e o cenário em Natal começa a se delinear, com a polarização girando em torno dos candidatos do PDT, Carlos Eduardo, e do PMDB, Hermano Moraes, em que pese o longo caminho que este tem a percorrer para levar a cidade ao segundo turno. Os próximos dias serão decisivos e o desastroso clima de vitória antecipada é o único que poderá produzir alguma surpresa negativa para a nossa campanha.

O peemedebista não cresce por méritos próprios e menos ainda por oferecer um projeto inovador para a cidade. O que ele tem para apresentar é mais da velha política. Ao receber auxílio de Micarla e de todos os mais expressivos candidatos da sua legenda à Câmara Municipal, Hermano passa a ser a última cartada da gestora do PV para manter-se na política e, se fosse vitorioso, teria que submeter à cidade à semelhante arquitetura política que tem afundado Natal há 3 anos e 9 meses.

Carlos Eduardo e Micarla são antagônicos e isso não é resultado da artificialidade de programas de televisão ou falsos sentimentalismos, mas consequência da luta política real. Quando vice de Carlos Eduardo, a atual prefeita teve as asas cortadas em sua tentativa de transformar a Zona Norte em seu reduto eleitoral para o o pleito de 2008.

Natal: recuperar o tempo perdido e reverter o “choque” de gestão

Não há desenvolvimento sem formação de poupança para aplicação em investimento. No último ano da gestão do candidato do PDT, a relação entre tudo o que se arrecadou no município e o que se investiu chegou a 18%. Para se ter uma ideia de como isso é significante, a gestão de Micarla de Sousa, apesar de ter dobrado sua arrecadação entre 2008 e 2011 (saltou de 1 para 2 bilhões), investiu no ano passado somente 3% da arrecadação.

Foi com essa capacidade de investimento adquirida durante a gestão de Carlos Eduardo que grandes ações foram realizadas, a exemplo do CEMURE (Centro Municipal de Referência em Educação), do Ginásio Nélio Dias e do Parque da Cidade, este último abandonado por um revanchismo típico de gestores que ainda não se encontraram com o século 21.

Com Carlos Eduardo, as escolas municipais foram reformadas e padronizadas. Sob condução brilhante da profª Justina Iva, os recursos constitucionalmente obrigatórios eram repassados diretamente para a conta da secretaria. Já na atual gestão, a prefeita e o ex-Secretário de Planejamento, Luna, reconheceram junto ao MP um débito de mais de 80 milhões com a área, resultado do fim do repasse direto e da autonomia da secretaria. Além da perda da qualidade, retrocedemos na tão propalada universalização do acesso ao ensino fundamental.

Os Conselhos Municipais, em boa parte, foram desativados pela gestão do PV. Os secretários municipais indicados em sua maioria por caciques políticos, duravam enquanto existisse o apoio de seus líderes ou o comprometimento desses à gestão. Agora sabemos o real significado do “choque de gestão” prometido por Micarla durante a campanha de 2008.

Neste momento, em que o trato com a gestão pública exige grau cada vez maior de profissionalismo e de capacidade técnica, é emblemático que dos R$ 400 milhões destinados a Natal para mobilidade urbana não haja 1 real executado. A capacidade de planejamento e de visão que possui a gestão do PV se expressa pela quantidade de obras que foram iniciadas ou concluídas desde 2009.

Portanto, é com o olho no retrovisor, sem salto alto, e com as lições do presente, que seguiremos dialogando com a população e apresentando uma liderança que foi popularmente aprovada e que tem experiência para lidar com os desafios da cidade. Natal não pode continuar a figurar na lanterna do desenvolvimento econômico e social do Nordeste. Com diálogo permanente com a sociedade, planejamento, projetos e capacidade de financiamento, vamos superar os dramáticos problemas do nosso tempo.

*Estudante de Gestão de Políticas Públicas da UFRN e Diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE)