Câncer: MPF-SP quer proibir agrotóxicos à base de Prochloraz

Em ação ajuizada na última segunda-feira (17), o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo quer que sejam cancelados os registros de fungicidas agrícolas que utilizam o princípio ativo Prochloraz.

Os agrotóxicos que possuem essa substância podem aumentar a incidência de câncer de mama, testículo e próstata, além de provocar danos ao meio ambiente. 

O pedido de cancelamento havia sido feito em maio deste ano. Porém, a 14ª Vara Cível Federal da Justiça Federal de São Paulo negou a solicitação. Agora, o MPF recorre ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) para tentar garantir, em caráter liminar, a suspensão desses fungicidas.

A ação civil pública é contra a União, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esses órgãos, que regulam o uso de agrotóxicos, reconhecem a toxicidade do Prochloraz.

O MPF pede ainda que o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), responsável pela concessão de novos registros, pare de liberar esses agroquímicos.

Os agrotóxicos à base dessa substância são utilizados em plantações de cebola, cenoura, cevada, cítricos, manga, tomate, trigo, rosa, entre outros.

Atualmente, três agrotóxicos registrados utilizam o princípio ativo cancerígeno: Jade, produzido pela Milenia Agrociências S/A; Mirage 450 EC, da Agricur Defensivos Agrícolas Ltda; e Sportak 450 EC, da Bayer S/A.

Fonte: Radioagência NP