Ex-agente da CIA denuncia serviços de inteligência na Turquia

Vários serviços ocidentais de inteligência têm uma ampla presença no entorno da fronteira turco-síria, para apoiar e dirigir a agressão contra este país denunciou um ex-agente da CIA nesta segunda (17).

Philip Giraldi, ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA) estadunidense, disse ao diário turco Hurriyet que ao menos 50 agentes de altos escalão de serviços secretos norte-americanos, franceses, alemães e britânicos, entre outros, operam na fronteira da Turquia com a Síria.

"Há ao menos 15 a 20 agentes de Washington cumprindo tarefas entre as fileiras dos grupos armados que utilizam como santuário o território turco", detalhou Giraldi.

"Há oficiais para tarefas paramilitares que podem estar destacados no consulado estadunidense de Adana ou na base aérea de Incirlik e  não cruzam a fronteira, mas executam operações de inteligência com o apoio da Agência Nacional de Inteligência da Turquia", disse.

Giraldi, ex-chefe da estação da CIA na nação turca entre 1986 e 1989, e com um trabalho no serviço secreto estadunidense há 18 anos, sublinhou que os aparelhos norte-americanos e turcos trabalham estreitamente.

Inclusive, afirmou, a CIA proporciona à parte turca resultados de inteligência, incluindo fotos de satélites e outras informações, que os turcos facilitam para os grupos armados no território sírio.

Na última semana, centenas de cidadãos turcos criticaram o governo do premiê Recep Tayyip Erdogan, por seu apoio à política do presidente Barack Obama que é contra a Síria.

O protesto coincidiu com a visita a esse país do general Martin Dempsey, chefe do Comando Conjunto do Exército estadunidense, e com a ultima escala no país do diretor da CIA, David Petraeus.

Algumas fontes destacaram que, dentro das atividades dos agentes da CIA, está à classificação de milhares de mercenários que viajam rumo à Síria para integrar grupos armados, cuja composição, indicam, é de mais de 80 por cento de estrangeiros.

Depois de sua classificação, esses grupos passam por treinamento antes de entrar na nação vizinha e são supervisionados por especialistas ocidentais, disse uma fonte turca.

Fonte: Prensa Latina