Filha da Anistia: peça traz reflexão sobre o Golpe de 64

Os brasilienses terão novamente a oportunidade de assistir ao espetáculo Filha da Anistia, que fica em cartaz na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional Cláudio Santoro (TNCS) de 12 a 14 de setembro. A peça faz parte do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Produzida pela Companhia de Teatro Caros Amigos, a peça tem direção de João Otávio e já passou pelas cidades de Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Vitória e Campinas. Com encenação de Alexandra Tavares e Marcelo Villas Boas, Filha da Anistia conta a história de Clara, jovem que parte em busca do pai que nunca conhecera e acaba descobrindo um passado de mentiras e omissões, forjado durante os anos de chumbo no Brasil.

A personagem é uma advogada que procura refazer sua história e esclarecer seu passado, sem imaginar que a sua vida seria radicalmente transformada. Todas as suas certezas caem por terra diante das descobertas sobre seu passado familiar e sobre um período da história do Brasil que poucos conhecem. O texto de Alexandre Piccini e Carolina Rodrigues provoca no público a reflexão sobre esse período, usando como metáfora os desencontros de uma família despedaçada pela ditadura.

No vídeo acima, o autor e produtor Alexandre Piccini fala sobre a importância, principalmente para os jovens, de se rememorar períodos dolorosos como o da ditadura militar para se ter consciência da própria história do país. Piccini também ressalta a parceria com o projeto Marcas da Memória, promovido pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

A peça tem uma hora de duração e ficará em cartaz quarta-feira, com sessão única às 20h, e quinta e sexta-feira, com apresentações às 10 horas e às 15 horas. A entrada é gratuita. Depois das sessões, haverá debate com elenco e convidado. Estarão presentes no debate desta quarta-feira os secretários de Cultura e de Educação do Distrito Federal, Hamilton Pereira e Denilson Bento da Costa, respectivamente, o professor de Direito da UnB, Cristiano Paixão, e outras personalidades. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início.

A produção tem diversos apoios: Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Memorial da Resistência de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Núcleo de Preservação da Memória Política, Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, Grupo Tortura Nunca Mais e Armazém Memória.

Marcas da Memória

O projeto Marcas da Memória, responsável pelo espetáculo, reúne depoimentos, sistematiza informações e fomenta iniciativas culturais com o objetivo de permitir à sociedade conhecer o passado recente do país e dele extrair lições para o futuro.

Fonte: Ministério da Justiça