Colômbia: Porta-voz da Marcha Patriótica é preso ilegalmente

O porta-voz e membro da Junta nacional da Marcha Patriótica, Andrés Gil, foi detido de maneira irregular na tarde desta quinta-feira (13) quando se dirigia à cidade de Barcelona, na Espanha. A viagem faz parte de uma visita à Europa, cujo objetivo é divulgar o projeto político da Marcha Patriótica e esclarecer a importância que tem a saída política ao conflito colombiano.

Andrés Gil - Mario Zamudio

O porta-voz camponês, que foi agraciado com o prêmio nacional da paz em 2011, foi detido sob o argumento de uma ordem de captura com data de 2007, às 15h, no aeroporto internacional El Dorado. De lá, foi conduzido à estação 100, mas libertado logo depois não terem sido encontradas provas judiciais contra ele.

Andrés Gil, acompanhado dos também representantes nacionais Piedad Cordoba e David Florez e apoiado por um grupo de pessoas do Movimento Político e Social, denunciou o constante maltrato recebido por parte das autoridades: “desde as 15h a polícia se valeu de falsas argumentações e procedimentos mal intencionados, sempre partindo da estigmatização e perseguição. Eu fiquei uma hora e meia algemado, incomunicável e dando voltas em uma viatura da polícia”, declarou Gil.

Piedad Córdoba anunciou caracterizou este como um “mau começo para os diálogos de paz (…) exigimos uma saída política ao conflito”, cobrou. E acrescentou ainda: “temos que ressaltar que, se não tivéssemos atuado com prontidão, facilmente Andrés estaria desaparecido, isso será denunciado em nível internacional”.

Por sua vez, Andrés Gil, mandou um recado para o presidente Juan Manuel Santos: “há garantias para a Marcha Patriótica? Seguirá a estigmatização? Seguirá a perseguição de líderes? Seguirão este país e o presidente não se pronunciando sobre estes fatos? Essas são as garantias para a Marcha Patriótica?”

Da Redação do Vermelho