Trinta e cinco federais decidem pelo fim da greve

A greve dos professores nas instituições federais chegou ao fim em 35 de 57 unidades. Das 59 instituições federais de educação superior, duas não aderiram às paralisações. Na manhã desta quarta-feira (12), a Universidade Federal de Lavras (Ufla) decidiu, em assembleia, retomar as atividades. Na noite de terça (11), o retorno foi decidido nas universidades federais de Goiás (UFG) e Rural do Semiárido (Ufersa).

As duas federais que não aderiram à paralisação são a do Rio Grande do Norte (UFRN) e a de Itajubá (Unifei). Outras 15 mantêm a greve e nove realizam assembleias ao longo da semana.
Segundo acordo firmado em assembleia, os professores da Ufersa devem voltar às salas de aula no dia 24. Os da Ufla, na segunda-feira (17). Ou seja, 20 instituições já saíram da greve, 13 apresentaram indicativo de sair.

Quanto aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, 34 decidiram encerrar o movimento por completo. Entre eles, o do Rio Grande do Norte, o único em que houve greve geral. Apenas sete mantêm paralisação parcial.

Professores de 11 universidades federais e de dez câmpus isolados de outras instituições já voltaram às atividades acadêmicas. Em outras 18 universidades e cinco câmpus isolados há previsão de retorno às aulas no máximo até segunda-feira, 17. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deve retornar às atividades ainda nesta quarta-feira, 12, mas isso depende da definição do calendário acadêmico para os próximos meses, no que se refere à reposição das aulas.

Reposição

O Ministério da Educação tem acompanhado a volta das atividades acadêmicas ao receber e analisar o planejamento das instituições para a reposição dos dias parados. De acordo com o secretário de educação superior do MEC, Amaro Lins, instituições que oficialmente ainda não definiram, em assembleia, o fim da greve já estão retomando as aulas, segundo as próprias reitorias. “Independentemente de uma decisão formal dos sindicatos, temos percebido que a greve está em processo de encerramento e há ampla retomada das atividades em diversos cursos”, afirmou.

O governo federal encerrou as negociações com os sindicatos dos docentes e com todas as outras categorias, justificando que a Lei Orçamentária Anual (LOA) só poderia ser encaminhada ao Congresso Nacional até 31 de agosto. Após o envio, o Congresso Nacional rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.

Segundo proposta do governo, enviada ao Legislativo, há um aumento de no mínimo 25% e máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Para a concessão do reajuste, o governo liberou, no orçamento, recursos de R$ 4,2 bilhões.

Com Ministério da Educação