Unifesp, UFABC e outras federais encerram greve pelo país

Nesta segunda-feira (10), as universidades federais do ABC (UFABC), Fronteira Sul (UFFS) e a de Alfenas (Unifal) retomaram as aulas. Até agora, professores de nove universidades federais e de dez câmpus isolados de outras instituições voltaram às atividades acadêmicas.

Em outras 17 universidades e cinco câmpus isolados há previsão de retorno às aulas nos próximos dias, no máximo até o dia 17. É o caso da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que retorna no dia 12, quarta-feira.

O número de institutos federais de educação, ciência e tecnologia que saíram do movimento grevista dos professores soma 33 unidades. Oito institutos ainda têm câmpus com paralisações: os de Alagoas, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Roraima, Tocantins, Paraíba e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Apenas o Instituto Federal do Rio Grande do Norte ainda está inteiramente paralisado.

Na semana passada, três grandes universidades optaram pelo fim da greve: as federais de Minas Gerais, de Pernambuco e da Bahia. A Universidade de Brasília e as universidades federais de São Carlos, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Ceará também encerraram a greve.

No Rio, a UFRJ já saiu da paralisação, mas a federal rural (UFRRJ) e a federal fluminense (UFF) ainda não retomaram. A federal fluminense (UFF) e a federal do Estado do Rio (UniRio) chegaram a suspender os seus calendários acadêmicos.

Proposta do governo

A proposta encaminhada ao Congresso, segundo o Ministério da Educação (MEC), valoriza a dedicação exclusiva e a titulação dos docentes, com aumento mínimo de 25% e o máximo de 40%, que serão pagos de forma parcelada, sendo 50% em março de 2013, 30% em março de 2014 e 20% em março de 2015.

Greve continua

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciou no domingo (9), que a greve nas universidades federais do País está mantida. Segundo nota divulgada pela entidade, 30 associações sindicais apresentaram os resultados decididos em assembleias: 17 votaram pela manutenção da paralisação e 13 pela sua suspensão.

Uma nova rodada de assembleias gerais deve ocorrer entre os dias 11 e 13 de setembro, quando o sindicato promete a divulgação de uma nova decisão. O Andes é a entidade de maior representatividade na categoria, presente em 51 das 59 universidades federais.

Em todo o Brasil, segundo o MEC, mais de 500 mil alunos foram afetados. As principais reivindicações do movimento, iniciado em maio e que representa os 140 mil professores das federais, são o reajuste salarial, melhores condições de trabalho e plano de carreira.

A Andes rejeitou o plano de reajuste salarial proposto pelo governo. Na contraproposta protocolada pela entidade no dia 23 de agosto, a entidade abre mão do aumento salarial e dá preferência à reestruturação da carreira. O Andes pede que a cada degrau de progressão os professores tenham um reajuste de 4%. O MEC avalia que a proposta teria um custo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos e não privilegia a titulação e a dedicação exclusiva, pontos considerados inegociáveis pelo governo que já dá por encerrada a negociação.

Com agências