Lenovo adquire CCE por 148 milhões de dólares

Nos últimos dias, a empresa chinesa Lenovo, o segundo maior fabricante de computadores do globo, anunciou a compra de todas as ações do maior fabricante eletrônico do Brasil, a CCE. A compra será finalizada no primeiro trimestre do próximo ano. A Lenovo se converte assim no terceiro maior fabricante de computadores pessoais do Brasil.

Lenovo CCE

O grande objetivo de desenvolvimento estratégico da Lenovo é a ampliação da sua influência no setor dos computadores pessoais. A compra da CCE acelerou a expansão da empresa. Jiang Qiping é especialista deste setor e secretário-geral do Centro de Pesquisa Informática da Academia de Ciências Sociais da China.

Segundo ele, "a aquisição da CCE é um passo na internacionalização da empresa Lenovo. A Lenovo comprou anteriormente a IBM e a NEC. E agora entrou no mercado brasileiro. Esta recente aquisição cimentou a posição da Lenovo no setor mundial de computadores pessoais, sendo que a empresa tem grandes hipóteses de se tornar no maior fabricante de computadores pessoais do mundo. A expansão da Lenovo no mercado da América Latina decididamente beneficiou o processo de globalização da empresa."

O valor total da compra da CCE foi de 148 milhões de dólares, um preço significativo. Segundo a análise do HSBC, a compra da CCE por esse valor se justifica com a criação de um canal de venda de smartfone e smart TV no Brasil.

Expansão

Nos últimos anos, a aquisição no exterior tornou-se um importante meio de expansão para as empresas chinesas. O vice-engenheiro geral do Ministério da Indústria de Informatização da China, Chen Jinqiao, aponta que as empresas chinesas devem ganhar experiência internacional e adotar as regras de comércio e investimento internacional para sobreviverem além-fronteiras.

"Antes de investir no exterior, devem conhecer bem o mercado, leis e regulamentos locais, especialmente no que respeita às leis de trabalho. Também é importante a seleção de um parceiro local para a integração no mercado exterior. Além disso, as empresas devem estar bem preparadas para todas as situações. No fim, o governo chinês deve apoiar a participação das empresas chinesas na economia global."

Com informações da Rádio China Internacional