Estudantes da UFRJ devem voltar a ter aulas na próxima segunda

Para repor as aulas perdidas com a greve mais longa da instituição, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) elaborará um novo calendário acadêmico na quarta-feira (5). A previsão é que os 40 mil alunos retornem às salas de aulas na segunda-feira (10). Na sexta-feira (31), com ampla maioria dos votos, os professores encerraram a greve.

Em nota, o reitor Carlos Levi afirmou que ao longo da semana medidas administrativas serão tomadas para que a volta às aulas, após mais de 100 dias de paralisação “transcorra com tranquilidade” e evite “qualquer tipo de prejuízo à formação dos alunos”.

As universidades Federal Fluminense, Federal Rural e da Federal do Estado do Rio de Janeiro permanecem paralisadas. Em todo o país, 52 instituições de ensino continuam em greve. As unidades são vinculadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

De acordo com o Andes no Rio, para discutir a retomada das atividades acadêmicas novas assembleias estão previstas para esta semana. Na terça-feira (4) será vez dos professores da Federal Fluminense e do Colégio Pedro II.

Em nota de sete páginas divulgada no domingo (2), o Andes avalia que as negociações com o governo federal estão difíceis. Pede que as entidades discutam a manutenção greve, mas sem suspender a mobilização pela reabertura das negociações com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O governo federal encerrou as negociações no dia 13 de agosto, oferecendo reajustes de até 40%. A proposta foi aceita pelo Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). O Andes rejeitou o oferta, mas o governo não reabriu a negociação.

Polícia Federal

Policiais federais em greve fizeram nesta segunda-feira (3) mais um protesto, dando continuidade à campanha por reajuste salarial e pela reestruturação da carreira. Os agentes se reuniram em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF) na Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense, como forma de chamar a atenção da sociedade para as reivindicações dos servidores.

Os agentes prometeram intensificar as pressões esta semana para que o governo federal considere suas demandas. “Estamos tentando a nossa última cartada, para tentar, por medida provisória, entrar no Orçamento de 2013. Vamos torcer para que o governo tenha bom-senso”, ressaltou André Tristão, representante do sindicato da categoria no Rio de Janeiro.

De acordo com ele, a partir de agora os protestos dos policiais vão se intensificar, com a suspensão de serviços de investigação. “Vamos deixar de fazer as atribuições de nível superior, ou seja, investigações a organizações criminosas, grampos telefônicos entre outros serviços”, destacou.

Já o atendimento em aeroportos para emissão de passaportes continua com as mesmas restrições, tendo prioridade apenas os casos considerados de urgência.

Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não vai tolerar boicotes a operações da PF promovidos por servidores. Ele prometeu punir abusos cometidos pelo policiais que estão em greve desde o dia 7 de agosto. A categoria recusou a proposta oferecida pelo governo de reajuste 15,8%, escalonado em três anos.

Fonte: Agência Brasil